Os trabalhadores da Educação se mobilizam em todo o País, a fim de combater as propostas de reforma trabalhaista e da Previdência, do governo Michel Temer. Após a paralisação nacional de 15 de março, a categoria segue mobilizada, preparando a greve geral convocada pelas centrais sindicais em 28 de abril.
Em São Paulo, os professores da rede pública estadual aprovaram integrar seu calendário de lutas à mobilização unitária, que organiza uma paralisação inédita no Brasil. A Apeoesp (sindicato) decidiu pela adesão à greve em assembleia realizada na avenida Paulista, com a participação de 40 mil educadores. Os profissionais da rede privada, coordenados pela Fepesp (Federação estadual), também aprovaram participar da greve geral.
A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, disse que a jornada de lutas dos educadores prevê a continuidade da pressão sobre os deputados federais de São Paulo, para que votem contra as reformas. Também está mantida a consulta popular sobre a reforma da Previdência, que é uma forma didática de se debater o tema com a população em geral e denunciar o desmonte do sistema previdenciário.
Além disso, a categoria está realizando aulas públicas sobre o tema, atos em todas as regiões onde a Apeoesp tem base e articulando pronunciamentos nas Câmaras Municipais.
“Nossa militância está engajada, buscando empreender esforços para que a greve geral de 28 de abril seja um sucesso. Essa paralisação é extremamente necessária, para dar um basta nestas reformas que, na verdade, promovem uma desregulamentação geral do mercado de trabalho e de nossos direitos”, afirma Bebel.
Sinpro
A primeira-secretária do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), Silvia Celeste Barbára, contou que uma assembleia da entidade aprovou, por unanimidade, engrossar o movimento convocado pelas centrais, orientando que os professores paralisem as atividades dia 28 nas escolas particulares.
“Nós fizemos panfleto sobre as reformas e a importância de aderir ao movimento, além de adesivos que estão sendo distribuídos aos trabalhadores. Também disponibilizamos ramal telefônico do Sindicato e e-mail específico, apenas para atender às demandas da greve. Temos ciência da dificuldade de parar o ensino particular, mas estamos entusiasmados e confiantes no engajamento da categoria”, destaca.
Até o dia 28, os sindicatos do setor realizarão atividades em todo o Estado, como panfletagens, visitas às escolas e distribuição de material. Também haverá um comando de greve aberto, que vem se reunindo no Sindicato, por volta das 16h30.
Fonte: Agência Sindical
(publicado por Deborah Moreira)