O presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Pinheiro, defendeu nesta terça-feira (25/4), durante reunião da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional na Câmara dos Deputados a realização de uma rigorosa discussão sobre a situação das obras paradas no País.
Na avaliação de Murilo, esses empreendimentos, estimados em 5 mil em todo o Brasil, são investimentos que foram iniciados e cuja interrupção provoca prejuízos à sociedade. “Acho fundamental que seja realizada uma discussão com bastante rigor para acompanharmos as obras paradas. Até porque, enquanto engenheiros, gostamos de resultados e gostaríamos de acompanhar esses projetos”, afirmou o presidente da FNE.
Foto: Edgar Marra
Flávio de Souza (Crea-DF), Daniel Salati (Confea), Lessa e Murilo.
A FNE é uma entidade que representa 500 mil engenheiros atuantes em todas as modalidades de engenharia e que tem entre pontos principais de sua agenda a retomada do desenvolvimento econômico e o aprimoramento da infraestrutura nacional. Nesse sentido, avalia ser fundamental concluir os projetos em andamento, o que beneficiaria a população de vários municípios e abriria frentes de trabalho atenuando o elevado nível de desemprego.
Reunião em maio
A partir da sugestão feita pelo dirigente da FNE, o presidente da Frente Parlamentar, deputado Ronaldo Lessa (PDT/AL), proporá reunião conjunta com a Comissão de Obras Paradas para tratar do tema a ser realizada em maio.
Segundo o deputado, a ideia é convidar órgãos e ministérios que possuam dados sobre a quantidade e as características desses empreendimentos. “Vamos buscar, nessas reuniões, os resultados mais produtivos possíveis, ou seja, a retomada dessas obras”, disse o deputado.
Informações preliminares de órgãos públicos indicam a existência de milhares de canteiros de obras de creches, postos de saúde, obras de saneamento e de fornecimento de água, e obras de infraestrutura de transporte.
Carreira de Estado e representação
Duas outras questões essenciais aos engenheiros também entraram na pauta da reunião da Frente Parlamentar desta terça. A primeira foi o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 13/2013 que cria a carreira de Estado para engenheiros, arquitetos e agrônomos em todos os níveis de governo (federal, estadual e municipal). A matéria está parada no Senado, aguardando votação de requerimento que possibilita sua aprovação em plenário. A outra é a proposta de alteração da Lei nº 5.194/1966 para instituir a composição federativa do plenário do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), assegurando a representação permanente de todos os estados e do Distrito Federal.
Luciana Otoni
Assessoria de Imprensa FNE