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03/07/2017

Protestos em todos os estados reforçam resistência às reformas

Foi diferente do 28 de abril, quando houve greve geral. Porém, os protestos deste 30 de junho também tiveram caráter nacional, mas sem a predominância da cena clássica - braços cruzados, máquinas paradas. “O saldo da jornada é positivo e amplia a resistência às reformas. Onde houve chamamento pelas direções, as bases responderam”, avalia Adílson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).


Foto: Mídia Ninja
protesto 30 de junho Ninja home


A CTB apura fortes paralisações no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em Salvador. “Brasília também amanheceu parada, porque o transporte aderiu”, informa o dirigente, que ainda contabiliza protestos em agências e centros bancários de São Paulo e outras cidades grandes.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos fez atos em quatro fábricas, com cerca de 1,2 mil trabalhadores. O diretor Pedro Pereira da Silva (Zoião) comenta: “Nas empresas onde falei, o pessoal mostrou muita inconformidade com as reformas trabalhista e da Previdência. Também se percebe que o trabalhador está mais atento quanto às denúncias de corrupção no governo e no Congresso. A indignação é crescente.”

Em contato com a Agência Sindical, José Maria Rangel, da coordenação geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), explicou que houve atos e paralisações em todo o complexo Petrobras, incluindo terminais, termoelétricas e plataformas. Todas as refinarias pararam a produção, por tempo indeterminado.

Nas regiões portuárias do País, Santos registrou forte paralisação, com fechamento de acessos ao complexo. No Rio de Janeiro e em Santa Catarina, prevaleceu o mesmo padrão de protesto.

Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), movimentos populares e de estudantes protestaram ao meio-dia em frente ao Ministério do Trabalho, em São Paulo. Houve ato, chamado pela UGT-SP, também na Praça Ramos, centro da Capital.

Na região do Vale do Paraíba, houve greve dos Correios, metalúrgicos, químicos e do transporte público. Cidades como Campinas e Limeira também tiveram forte adesão às manifestações.

Para Adilson Araújo, há dois desafios imediatos: “reforçar a unidade das centrais e massificar a atuação junto aos senadores, em Brasília e em suas bases eleitorais.” Nesta semana, as centrais sindicais devem ampliar a pressão e mobilização contra a reforma trabalhista, a ser apreciada agora pelo plenário do Senado.

Com informações da Agência Sindical
(publicado por Deborah Moreira)




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