A Agência Sindical ouviu dirigentes de diversas entidades. Miguel Torres, que preside o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e também a confederação da categoria (CNTM/Força Sindical), critica: “Tentam impor a reforma na lei ou na marra. Vamos resistir.” O sindicalista promove reuniões da CNTM e do sindicato, para debater meios de enfrentar a ofensiva patronal. A orientação é mobilizar e resistir por fábrica.
Padeiros
Após espera de três meses, o sindicato patronal respondeu a pauta de reivindicações da categoria. Na contraproposta eles queriam a retirada de itens da Convenção Coletiva como distribuição de cesta básica, convênio médico, participação nos lucros (PLR) e gratificação pelo Dia do Padeiro.
A categoria realizou assembleia no dia 7 último e rejeitou qualquer retrocesso. "Querem nos impor a reforma trabalhista, antes mesmo de ser apreciada no Senado. Isso é inaceitável. São conquistas que levaram anos de luta. Não abriremos mão delas", destaca Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e dirigente da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
A vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), em São Paulo, Jacira Campelo Araújo Santos, afirma que a situação se repete no setor público. “Antes mesmo da reforma ser efetivada, há governos, como o da Prefeitura de Ribeirão Preto, querendo cortar itens como convênio médico”, diz.
Ela explica que o acordo coletivo em vigor foi conquistado na data-base (1º de março) após greve de 21 dias. “Ainda existem cláusulas não cumpridas e já querem retirar outras conquistadas”, afirma a dirigente.
Votação
O Senado deve concluir nesta terça (11) a votação da reforma trabalhista. Centrais e sindicatos prepararam manifestações, para manter a pressão no dia. Ontem houve ato no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, para pressionar parlamentares a votarem contra o projeto.
Notícia editada da Agência Sindical
Comunicação SEESP