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12/07/2017

No escuro, senadores aliados ao governo Temer aprovam precarização do trabalho

A sessão plenária do Senado, que analisa a reforma trabalhista (PLC 38/2017) proposta pelo governo Temer, foi suspensa por volta das 12 horas, nesta terça-feira (11), pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), após protestos da oposição com a forma de encaminhamento da discussão. Várias senadoras ocuparam a mesa, pedindo a abertura das galerias para que lideranças sindicais acompanhassem a votação e autorização para que todos os senadores usassem a palavra. “Querem aprovar a reforma na marra. Entidades patronais fazem lobby pesado sem nenhuma restrição, circulando livremente pelo Senado. Já as entidades sindicais de trabalhadores foram barradas”, denunciou Sebastião Soares, dirigente da Nova Central.
 
Presidentes das centrais, Vagner Freitas (CUT), Adilson Araújo (CTB), Ubiraci de Oliveira (CGTB) e Edson Carneiro Índio (Intersindical), além de outros dirigentes sindicais, protestaram na entrada do Plenário, mas não foram autorizados a ocupar as galerias para acompanhar os trabalhos. O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), postou em rede social que os sindicalistas estavam sitiados nas dependências do Senado.
 

Após mandar cortar a transmissão da TV Senado e desligar as luzes do Plenário, por volta das 18h30, Eunício Oliveira [presidente da Casa] voltou ao Plenário com a tropa de choque governista, reabriu a sessão e iniciou o processo de votação sem discussão dos destaques da oposição.

Protestos
Pela manhã, o gramado em frente ao Congresso foi tomado por sindicalistas, que protestavam contra a reforma e o massacre de direitos conquistados com muita luta, ao longo de décadas. Os atos começaram na segunda (10), quando manifestantes ocuparam a Avenida Paulista, em São Paulo, no início da noite. Na manhã de ontem, metalúrgicos do ABC paulista fecharam duas pistas da Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo.


Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Senadoras fazem protesto democrático contra votação de projeto que precariza relações do trabalho no País.

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado manteve a vigília iniciada na segunda (10). “O projeto não vai gerar mais emprego nem melhorar as condições de trabalho”, diz a presidente da CDH, senadora Regina Sousa (PT-PI). O senador Paulo Paim (PT-RS) observou que o PLC 38/2017 modifica cerca de 200 pontos da legislação e merecia um exame mais aprofundado.

Votação
Após encaminhamento dos líderes, o projeto de lei foi aprovado com 50 votos favoráveis, 26 votos contrários e uma abstenção. Os destaques e as emendas de senadores foram rejeitados.

Para o jornalista Antônio Augusto de Queiroz, diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), prevaleceu o rolo compressor do governo. “Os trabalhadores precisam reestruturar sua base de representação no Congresso, principalmente na Câmara dos Deputados. É necessário ficar atento ao votar”, diz Toninho.

 

Notícia editada da Agência Sindical
Comunicação SEESP

 

 

 

 

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