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19/09/2017

Oitenta e três anos do SEESP: dificuldades e superações

Comunicação SEESP*

Criado em plena ditadura do Estado Novo, em 1934, o SEESP não pôde desempenhar plenamente suas funções até a queda do regime, 11 anos depois. Mesmo ao fim desse período, as dificuldades foram imensas. Entre 1946 e 1950, o País foi submetido ao governo Eurico Gaspar Dutra. Apesar dos impulsos liberalizantes embutidos na Constituição de 1946, aquela administração alinhou-se estreitamente aos Estados Unidos, potência que emergira da II Guerra, no contexto da Guerra Fria.

Começava a se desenhar ali o que viria a ser a Doutrina de Segurança Nacional. O perigo a ser evitado estaria nos sindicatos e na influência da esquerda sobre os trabalhadores. Assim, o direito de greve foi abolido em 1946 e vários retrocessos aconteceram. Em 1949, havia 234 sindicatos de trabalhadores sob intervenção.


Ilustração: Maringoni/do livro "Democracia e Desenvolvimento - 80 anos do SEESP"

Anos de ditadura
Após o golpe de 1964, o sindicato, como várias organizações representativas, foi amordaçado pelo regime. O panorama começou a mudar ao longo dos anos 1970.

Embora tenha propiciado ao País taxas de crescimento anuais acima de 10%, a política econômica da ditadura concentrou renda, arrochou salários e mostrou sua face perversa quando a crise econômica se instalou, na segunda metade da década. Grandes obras de infraestrutura perderam prioridade, o desemprego aumentou e a renda dos assalariados caiu. Ao longo desses anos, a ditadura ficou associada à estagnação econômica, queda da qualidade de vida e inflação alta.

Tais problemas atingiram a categoria diretamente. Começava-se a perceber uma característica nova entre os engenheiros. Com a expansão dos cursos de engenharia e o aumento do número de formados, os assalariados passam a ser maioria entre a categoria. Em São Paulo, essa nova geração começou a participar de fóruns e de entidades ligadas à profissão, e descobriu pontos de contato com profissionais formados três décadas antes. Em comum acordo, demandavam a retomada do papel da engenharia a partir de uma crítica ao projeto econômico e político da ditadura.

O desenvolvimento em cena
No início dos anos 2000, o Brasil tinha duas características essenciais: havia domado a inflação e completava sua segunda década de crescimento medíocre. Altos índices de desemprego e uma preocupante perda da participação da indústria na economia não eram contraditórios com a estabilização monetária. Eram fatores de uma mesma equação. Para valorizar a moeda nacional, optou-se por uma dinâmica ortodoxa que tirava de cena um projeto de desenvolvimento.

Diante de um quadro aparentemente sem solução, nascem, a partir do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), projetos como o Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento e o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec). E aprofunda-se a relação estabelecida desde os anos 1980 entre a entidade e os anseios mais gerais da sociedade. 

 

* Informações do livro "Democracia e Desenvolvimento - 80 anos do SEESP"

 

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