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29/09/2017

Opinião - Plenária forte

João Guilherme Vargas Netto* 

Nesta sexta-feira, 29 de setembro, foi um dia normal para milhões de trabalhadores. Normal?

Não, porque 1.500 dirigentes e ativistas sindicais de todo o Brasil representando todas as entidades da categoria metalúrgica, e mais inúmeros representantes de muitas outras (não as posso citar todas, lembro-me aqui dos eletricitários, engenheiros, carteiros – que estão em greve – petroleiros, químicos e funcionários públicos) reuniram-se em plenária nacional no CMTC Clube, com representações das centrais sindicais e do Fórum Sindical dos Trabalhadores.

Na pauta a resistência às terceirizações e à implementação da lei da "deforma" trabalhista no curso das atuais negociações salariais. O grito de “a luta faz a lei” demonstrou que as direções não admitirão a sua vigência.

Embora todos os trabalhadores estivessem fazendo o que precisam fazer, ou seja, trabalhar, estavam atentos ao que acontecia em São Paulo; a imprensa sindical, as redes sociais e a rádio peão vão se encarregar de fazer chegar a eles a mensagem de unidade, de resistência e de comando das direções sindicais unidas em defesa de seus direitos.

Mesmo que ainda hoje exista certa passividade nas bases (embora compreendam que estão sendo “capadas e sangradas”), logo, logo os trabalhadores sentirão na pele as consequências dos desmandos do governo e de um patronato insensível e oligárquico. Para onde correrão em busca de auxílio e proteção? Para o governo, para os patrões, para os partidos políticos, para as igrejas ou para quem mais?

Correrão para os sindicatos que os representam. A jornada de hoje, com unidade e determinação, passou para os trabalhadores a mensagem de confiança na luta coletiva e de orientação e comando que necessitam.

Foi aprovada uma carta da plenária, um chamado à luta dirigido à classe trabalhadora brasileira, com as tarefas imediatas e a determinação de grandes atos unitários no dia 10 de novembro (véspera da entrada em vigor da lei trabalhista) com reforço às campanhas salariais em curso. Houve também uma moção de solidariedade à corajosa procuradora do trabalho do Rio Grande do Norte que enfrenta a fúria patronal e a execração do deputado Rogério Marinho, algoz dos trabalhadores e agora também dos idosos em seus planos de saúde.

Uma passeata encerrou o ato, demonstrando o ímpeto de luta dos dirigentes.


* Consultor sindical

 

 

 

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