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13/12/2017

Cresce repúdio à reforma da Previdência

Da Agência Sindical

Aumenta a pressão popular contra a reforma da Previdência de Temer. A semana começou com forte movimentação nas bases trabalhadoras, que emitem sinais de que a mobilização ganha corpo e a greve nacional deve ocorrer caso o governo insista na votação da PEC 287.

O calendário de lutas aprovado no dia 8 último, durante reunião das centrais sindicais, está em pleno andamento. Na última segunda-feira (11), plenária do setor de transportes na sede do Sindicato dos Condutores de São Paulo – com entidades ligadas a várias Centrais – aprovou paralisação dia 19 (terça), caso o governo leve a proposta ao plenário da Câmara.

Na terça-feira (12), sindicalistas de diversas categorias realizaram manifestações em vários aeroportos do País. O objetivo foi pressionar deputados que embarcavam para Brasília.

Rurais
O início da semana também teve protestos de agricultores em várias partes do Brasil, denunciando que a reforma previdenciária pode excluir 60% dos assalariados rurais ou agricultores familiares do direito à aposentadoria de um salário mínimo. Ato em Belo Horizonte reuniu cerca de sete mil.

Nesta quarta (13), às 11h, a CUT-SP realiza concentração em frente ao INSS no Viaduto Santa Ifigênia, Centro. Em seguida, haverá caminhada pelas ruas centrais da capital. Os metroviários, que já aprovaram indicativo de greve, fazem nova assembleia amanhã (14), às 18h30. Eles vão debater a organização do movimento.

Brasília
A Agência Sindical conversou com o jornalista Marcos Verlaine, analista político e assessor parlamentar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), sobre o clima no Congresso para a votação da matéria. Ele avalia que as chances de o governo aprovar o texto enxuto da PEC 287 estão hoje em torno de 40%.

"Se o governo tivesse os votos suficientes já teria votado. Mas não tem. Além do mais, colocar matéria de peso como essa às vésperas do recesso parlamentar é um risco. Muitos deputados estão indecisos, pois terão de votar e logo em seguida se explicar aos eleitores", comenta.


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