Comunicação SEESP*
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, apresentou no início desta semana, na segunda-feira (29) a prefeitos de municípios da Bahia, o programa Internet para Todos, que levará banda larga para escolas, hospitais e localidades sem conectividade de regiões remotas onde o sinal da internet ainda não existe. A conexão só está sendo possível devido ao Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), lançado ao espaço em maio de 2017, um investimento de R$ 3 bilhões do governo federal. Desde então, o MCTIC passou a assinar um conjunto de convênios para usar a capacidade do satélite.
Em Salvador, Kassab lembrou que, para participar do programa, os municípios devem se habilitar e assinar um convênio com o governo federal. A partir daí, antenas serão instaladas gratuitamente nas regiões sem conectividade apontadas pelas prefeituras para distribuir banda larga num raio de 2 quilômetros.
O primeiro convênio foi assinado com o Ministério da Defesa para que 30% da capacidade do satélite sejam usadas pelas Forças Armadas no monitoramento das fronteiras brasileiras, coibindo o tráfico de drogas e o contrabando.
O segundo convênio, segundo o ministro, foi firmado pelo MCTIC e a Telebras com o Ministério da Educação para levar banda larga para as escolas públicas de todo o país. Segundo o ministro, o MEC contratou e pagou antecipadamente para instalar banda larga em 7 mil pontos.
Kassab acrescentou que um terceiro convênio será firmado com o Ministério da Saúde para levar internet para 15 mil pontos em hospitais e postos de saúde. “Você imagina o que é um equipamento de saúde com conectividade? Até o diagnóstico pode ser feito remotamente”, explicou.
O satélite foi construído pela Thales Alenia Space, empresa francesa, em conjunto com o governo brasileiro, por meio da Telebras e Embraer, que criaram uma joint-venture, a Visiona Tecnologia Espacial, para supervisionar os trabalhos. De acordo com a Telebras, mais de 100 profissionais brasileiros estiveram envolvidos na produção do satélite, entre eles engenheiros da Agência Brasileira Espacial e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), além da Telebras e Visiona.
Com peso de 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o equipamento ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro. Em terra, ele será operado por dois centros de controle, em Brasília e no Rio de Janeiro. Também há outros cinco gateways (estações que fazem o tráfego de dados do satélite) instalados em Brasília, Rio de Janeiro, Florianópolis (SC), Campo Grande (MS) e Salvador (BA).
Confira matéria sobre o tema na edição 179 do jornal Engenheiro, da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), que pode ser lida neste link.
*Com informações do MCTIC