Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
O diretor do SEESP José Manoel Teixeira acompanhou equipe de reportagem da Record TV nas ruas da cidade de São Paulo para falar sobre os riscos que a sociedade está sujeita com descargas elétricas. A matéria destacou a morte do estudante Lucas Antônio de Lacerda da Silva, de 22 anos, em 4 de fevereiro último. Ele foi eletrocutado ao encostar-se a um poste no centro de São Paulo, mais precisamente na esquina das ruas da Consolação e Matias Aires. Ele estudava Engenharia Biomédica na Universidade Federal do ABC (UFABC).
Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Emaranhado de fios está em muitas cidades brasileiras, como a de São Paulo.
O equipamento que causou a morte do estudante foi colocado no poste de sinalização pela GWA Systems, contratada pela Dream Factory, empresa escolhida para gerir o patrocínio de R$ 20 milhões do carnaval de rua, para atender à exigência do edital de chamamento público de instalar 200 câmeras nas regiões de maior concentração de foliões. Neste momento, a empresa e a Prefeitura, como destacou a reportagem, se enfrentam para dizer quem tem ou não culpa pela tragédia.
Teixeira ressaltou que todos os procedimentos ligados à fiação elétrica ou instalação de qualquer equipamento nos postes devem ser acompanhados, rigorosamente, por profissional habilitado da área de engenharia com a devida emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). “É para proteger a sociedade”, frisou.
Os riscos nas vias paulistanas, como destacou o diretor do sindicato e engenheiro de segurança do trabalho à reportagem, não estão apenas nas 200 câmeras instaladas para o carnaval, mas em todo o sistema de fiação elétrica e de cabeamento de telecomunicações. Para ele, é urgente um levantamento de tudo o que está “pendurado” aos postes, com rigor técnico, para ver o que precisa ser trocado e adequado. Sem esse trabalho, disse o especialista, o maior prejudicado é a sociedade.
O sindicato e a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) se debruçam sobre o problema do emaranhado de fios há muito tempo, que já significou o envio de documentos e manifestações junto aos órgãos competentes, como, inclusive, as agências reguladoras dos setores (Anatel e Aneel). Confira clicando aqui diversas matérias dos engenheiros sobre o tema.
Inquérito
Nesta semana, no dia 7, o Tribunal de Contas do Município (TCM) deu 48 horas para a Prefeitura explicar como fez o contrato com a empresa responsável pelas câmeras no carnaval. Já o Ministério Público (MP) local, no dia 6, abriu um inquérito para investigar o caso e já solicitou informações para Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Dream Factory e à Prefeitura sobre o ocorrido. O prazo para a resposta é de 10 dias.
>> Confira a reportagem da R7 a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=r1hY3YD1Ds0