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11/09/2018

Engenharia também é lugar de mulher

Rosângela Ribeiro Gil

Oportunidades na Engenharia


Ela se formou em Engenharia Civil em 2017, mas antes tinha formação superior em Humanas. Aos 34 anos de idade, Juliane Debetio está satisfeita com a nova opção e estuda constantemente em busca de aperfeiçoamento profissional. “As decisões e funções de liderança são rotineiras na engenharia. Gosto de estar à frente nas decisões e com o objetivo maior de sempre respeitar os recursos da natureza”, salienta a nossa profissional.

 

A mudança de Humanas e Ciências Sociais, como ela mesma diz, se deu pela vontade de “potencializar meu perfil analítico e habilidades em gestão”.

 

700 Juliane 3 2Juliane gosta do que faz e quer crescer na carreira. Foto: Arquivo pessoal.

Atualmente, ela trabalha como engenheira de Controle de Qualidade. “Atuo no controle de processos, produtos e serviços ao identificar, determinar e analisar causas de perdas, estabelecendo plano de ações preventivas e corretivas. Acompanho processos e métodos produtivos, gerenciando atividades de segurança no trabalho e do meio ambiente. Também elaboro laudos e estudos técnicos.”

 

Juliane se diz “de bem” com o novo perfil profissional e acredita que hoje “a mulher engenheira já saiu dos escritórios e está brilhando de botinas e capacetes nos canteiros de obras com profissionalismo e dedicação”. Todavia, ela observa que o preconceito ainda existe, mas que as mulheres resistem bravamente e o futuro é ocupar mais a área.

 

Ela gosta de citar mulheres de sucesso em tempos ainda mais difíceis. “Veridiana Victoria Rossetti foi a primeira mulher a graduar-se em engenharia agronômica no Brasil, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em 1937; e Enedina Alves Marques, natural do estado do Paraná, onde formou-se em engenharia civil em 1945. Juliane faz questão de destacar: “Enedina foi a primeira mulher negra no País a se formar engenheira.”

 

Juliane sabe muito bem a força da história, e como é importante lembrá-la sempre. Por isso, faz questão de dizer que as duas mulheres pioneiras em nosso País “foram reconhecidas na profissão após muitos obstáculos e determinação”. E ensina: “Nós, mulheres, podemos unir nossas qualidades para agregar sustentabilidade e respeito ao meio ambiente transformando a engenharia e demais áreas na prática do desenvolvimento sustentável.”

 

Para ela, a engenharia está consolidada como uma das mais importantes ciências do século XXI, que participa do esforço em buscar alternativas sustentáveis, "sempre atuando com respeito e responsabilidade".

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Comentários  
# A MULHER VALORIZADAUriel Villas Boas 08-10-2018 18:02
Algumas profissões estão sendo ocupadas pelo sexo feminino.É por certo um faro importante e demonstra a valorização profissional. No caso da Engenharia fica clara a possibilidade de demonstração de competência, como no caso da engenheira enfocada na presente reportagem. É um avanço, sem dúvida. E que seja estendido para outras profissões.
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