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20/09/2018

Da tabela periódica à profissão de sucesso

 

Jéssica Silva/Comunicação SEESP

 

A engenheira Monika Alexandra Gaspar, associada ao SEESP desde 2009, fala sobre a profissão em entrevista em comemoração ao Dia do Engenheiro Químico, celebrado neste 20 de setembro. São 19.177 profissionais da área em todo o País, que atuam nas indústrias química, petroquímica, alimentícia e também no tratamento do meio ambiente. Este último é o segmento em que Gaspar se encontrou. Formada há 24 anos, a engenheira atesta que a escolha “trouxe muito conhecimento, alegrias e a satisfação de contribuir para o benefício do próximo e da sociedade”.

 

Monika Gaspar: mercado ainda difícil, mas aquecendo. (Foto: Arquivo pessoal)

 

O que a levou à graduação em Engenharia Química? Conte sobre sua trajetória profissional.

Sempre tive afinidade com exatas, sobretudo química. Durante o ensino médio, tive um professor chamado Nicolau que, com o pretexto de aplicar sanções por conversas durante a exposição da aula etc., determinava o preenchimento da tabela periódica, razão pela qual cheguei a decorá-la e assim ter o impulso de prosseguir profissionalmente nas ciências exatas e na química. Concluí a graduação em Engenharia Química pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) e especialização em Meio Ambiente pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciei minha carreira atuando como vendedora técnica de produtos para tratamento de águas industriais, passei por uma farmacêutica desenvolvendo atividades de gestão da qualidade e de meio ambiente. Posteriormente, tive a oportunidade de trabalhar em um projeto de uma planta química, desde os desenhos até o início da produção. Também atuei em empresas de consultoria e automobilística. Atualmente tenho focado minha carreira em áreas como qualidade e meio ambiente. Trabalho com equipamentos voltados principalmente à indústria farmacêutica, laboratórios e áreas produtivas.

 

Na sua visão, como está o mercado de trabalho?

Acredito que o mercado está timidamente aquecendo, mas ainda está muito difícil, devido ao cenário político e econômico do País. Os profissionais cada vez mais precisam estar preparados para novos desafios e abertos às oportunidades. Como engenheira química, acredito que existem mais possibilidades, dada a abrangência que a formação nos permite em diversos cargos e segmentos. 

 

Como é a participação feminina na engenharia química?

De todas as cadeiras pertencentes à engenharia, tenho para mim que a engenharia química é a disciplina em que mais se concentram mulheres. Tomo como exemplo a minha turma da graduação, formada em 1994, em que mais de 50% eram mulheres. Enquanto nas outras as mulheres eram minoria.

 

Você já sofreu preconceito por ter escolhido essa profissão?

Cada vez mais as mulheres vêm se destacando no mercado de trabalho, sobretudo nos cargos de gestão. Trata-se, a meu ver, de um reflexo da postura das mulheres dentro das empresas, mostrando sua competência e força. Ainda existem diferenças, é verdade, mas já conquistamos muito espaço.

 

Qual é a importância do profissional da área à sociedade?

A razão humana sempre buscou, enquanto ente coletivo, organizar-se para a vida em sociedade. Em razão disso, desenvolveu técnicas variadas baseadas na ciência para o desenvolvimento dos povos. Não é demasiado lembrar que há inúmeros exemplos das facilidades proporcionadas por esse ramo, como materiais e produtos que são utilizados na construção civil, combustíveis, na formulação de medicamentos, de alguns alimentos, embalagens, entre outros.

 

Para você, o que é ser uma engenheira química?

É a realização de um sonho, uma profissão que me trouxe muito conhecimento, alegrias e a satisfação de contribuir, com meu trabalho, para o benefício do próximo e da sociedade.

 

 

 

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