Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Rio de Janeiro.
Rosângela Ribeiro Gil
O movimento conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. A história da campanha remonta à última década do século 20, quando o laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990.
Todas as ações são para ajudar a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce. Nesse sentido, a cada ano, novas adesões ao movimento podem ser verificadas, como iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros, empresas, sindicatos etc. É o caso do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) também que “divulga informativo, tem atendimento personalizado realizado pelo assistente social da entidade quando necessário; e entrega do símbolo do laço rosa com o intuito das pessoas se encontrarem para troca de informações e apoio à campanha”, explica Alexandra Justo, gestora de Pessoas do sindicato.
Segundo ela, a adesão cada vez maior de entidades e empresas à campanha se deve à preocupação real com relação à saúde da mulher. “Entendemos que investir na informação pode ajudar na redução da mortalidade”, defende.
Conforme dados do Instituto Nacional de Combate ao Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, respondendo por aproximadamente 28% dos casos novos a cada ano. A doença também acomete homens, porém mais rara, representando 1% do total de ocorrências.
Apesar dessa realidade, estudos do Hospital do Câncer de Barretos (SP) apontam que, nos últimos 14 anos, a taxa de mortalidade de mulheres em decorrência da doença caiu 42,85%. A razão para a queda, apontam os especialistas, é o diagnóstico precoce e os exames preventivos, como a mamografia e o autoexame das mamas.
O símbolo foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, durante a primeira
Corrida pela Cura, realizada em 1990, na cidade de Nova York (EUA).
Orientação
O médico Charles Schwambach, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná, indica iniciar o exame preventivamente a partir dos 40 anos de idade com intervalo de 1 a 2 anos para mulheres sem história familiar de câncer de mama; caso haja algum caso na família (avó, mãe, tia ou irmã) a mamografia deve ser realizada a partir dos 35 anos anualmente.
Nesse caso, tramita o Projeto de Lei 3.752/2012 que determina o prazo máximo de 30 dias para a realização de exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A luta tambéma é garantir um diagnóstico mais rápido para mulheres que dependem dos serviços públicos de saúde.
Sexualidade
Neste ano, a Fundação Laço Rosa lançou a campanha #50TonsDeRosa, cujo objetivo é ajudar mulheres com câncer de mama a terem uma vida sexual ativa. “O que a gente espera é poder atingir o maior número de pessoas com esse debate sobre a sexualidade, que é um ponto muito importante, principalmente para as mulheres mais jovens e que são acometidas pela doença. É o debate sobre a doença em si”, observa a presidente da fundação, Marcelle Medeiros.