Rafael Rez: "O LinkedIn é o maior canal de empregos e relacionamento profissional no mundo." Foto: Divulgação.
Rosângela Ribeiro Gil
Oportunidades na Engenharia
Nesta entrevista especial, o autor do livro “Marketing de Conteúdo: a moeda do Século XXI”, Rafael Rez, explica como se apresentar ao mercado de trabalho cada vez mais dominado pelas tecnologias da informação (TI). Para não se perder nas facilidades e velocidades que essas ferramentas proporcionam às pessoas, o especialista orienta procedimentos na hora de usar o marketing digital para se apresentar ao mercado de trabalho.
O que é marketing digital?
É uma denominação geral para as estratégias de marketing aplicadas ao mundo digital. Ele se relaciona com todas as mudanças de comportamento, canais de comunicação, venda e relacionamento e com o uso de dispositivos tecnológicos para consumo de informação.
Antigamente usávamos exclusivamente dispositivos como TV, rádio e papel para consumir informação. Hoje, usamos smartphones, computadores, tablets, e-readers e smart TV's para consumir informação.
Uma vez que os clientes (ou consumidores) mudaram de dispositivos, isso influencia mudanças de comportamento e também modifica os canais que usamos para nos conectar com as pessoas.
Na prática, também se usa a terminologia para se referir às táticas de anúncios no Google, Facebook, sites e portais, além do uso de e-mail marketing e redes sociais para criar conteúdo e campanhas online.
É uma ferramenta que auxilia na procura de emprego? Se sim, como usá-la de forma correta e eficiente?
Sem dúvida. Neste caso eu recomendo muito o uso do LinkedIn, uma rede social com a finalidade exclusiva de manter e criar contatos profissionais. E que é hoje o maior de canal de empregos e relacionamento profissional no mundo.
Todo profissional do século XXI deveria ter um perfil completo e atualizado no LinkedIn, além de investir de 10 a 20 minutos diariamente consumindo conteúdo, interagindo e também criando conteúdo na rede.
Quando o marketing digital pode causar danos à imagem de uma pessoa?
Ele em si dificilmente faria isso. O que acontece é que comportamentos que antes poderiam passar despercebidos podem ganhar grande visibilidade na internet. Um comentário preconceituoso, um post ignorante ou um vídeo com uma piada fora de contexto podem causar danos à carreira, como foi o caso recente do apresentador William Waack, que foi atingido pelo vazamento proposital de um vídeo no qual fazia um comentário racista.
Por que o “marketing de conteúdo” é “a” moeda do nosso século?
Com as mudanças de hábitos e comportamentos que vieram junto com a internet, as pessoas passaram a agir ativamente na escolha de quais informações, mensagens e conteúdo querem consumir.
As empresas que atuam como criadoras de conteúdo têm grande poder nesse novo contexto. Quem produz conteúdo, faz curadoria de conteúdo e forma opinião detém o poder num mundo cada dia mais fragmentado.
A Netflix é o exemplo mais óbvio e simples: pagamos uma pequena assinatura mensal para ver conteúdo sem propaganda.
Quais as dicas que o senhor dá para usar essa ferramenta?
Primeiramente, fugir dos modismos. Há muitas modas passageiras e sem base quando se trata de marketing digital. Sugiro fazer um curso online objetivo e barato para se orientar antes de tudo. Ou ler um livro sobre o tema. Depois disso, procurar um consultor, uma agência ou um freelancer que possam orientar e executar as ações de forma estruturada. E ter paciência, pois os resultados iniciais demoram a chegar, mas quando começam crescem mais rápido do que em qualquer outro canal.