Comunicação SEESP
Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 16 de janeiro, no SEESP, os engenheiros da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) deliberaram pela decretação de greve, a partir de 4 de fevereiro próximo, contra a Lei 17.020/18, que implanta o Sampaprev e impõe aos servidores acréscimo de 3% de desconto, além dos atuais 11%, a título de contribuição previdenciária, aumentando a perda salarial. Na data, a partir das 14h, em conjunto com as demais categorias de servidores, promovem uma grande manifestação em frente ao gabinete do Prefeito.
Foto: Beatriz Arruda/Comunicação SEESP
Ato contra o SampaPrev realizado em 21 de dezembro, durante audiência pública na Câmara Municipal.
A expectativa é que todas as categorias dos servidores estejam reunidas na manifestação. Ao final, será realizada uma nova assembleia de avaliação e possíveis desdobramentos do movimento.
Atualmente, a luta dos profissionais de engenharia no município é pelo piso salarial de 8,5 salários mínimos, conforme Lei 4.950-A/66. Assim, o piso do Quadro de Engenheiros, Arquitetos e Geólogos (QEAG) atual deveria ser de R$ 8.483,00, enquanto se encontra congelado em R$ 7.032,90, desde maio de 2016. Cabe ressaltar que a perda acumulada pela inflação medida pela Fipe de maio de 2016 a dezembro de 2018 chega a 8,20%. Isso compromete tudo o que foi conquistado, pois aniquila a progressão do Plano de Carreira. Com mais 3% de desconto, os salários estarão 11,20% menores do que em maio de 2016.
"É preciso dar um basta a essa política salarial nefasta que nos é aplicada. Precisamos reagir. Não podemos ficar passíveis diante de tamanha injustiça e dos falsos argumentos, usados pela administração, de que a situação econômica e financeira da PMSP se deve aos direitos dos servidores. Devemos aceitar isso passivamente?", indaga um trecho do boletim eletrônico enviado à categoria.
O boletim convoca todos para estarem presentes no dia 4 de fevereiro a partir das 12h, na sede do SEESP, de onde sairão para a manifestação. Para melhor identificação os delegados sindicais sugerem que todos vistam camisas e blusas azuis. "Vamos colocar todos os QEAGs na rua para protestar contra a Lei 17.020/18 e dar início a uma grande campanha salarial, para conquistar o cumprimento do piso", encerra o comunicado.
Na segunda-feira (28/1), o prefeito Bruno Covas declarou, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que falta mais diálogo com a população e se mostrou aberto a isso. Na mesma entrevista, falou da urgência na manutenção das pontes e viadutos da cidade e se comprometeu a assumir esse trabalho. Diante dos desafios da engenharia na cidade, a atual gestão será capaz de valorizar seus profissionais?