Comunicação SEESP*
Diversas categorias de trabalhadores paralisam suas atividades na sexta-feira (14/6), em todo o País, em defesa da Previdência Social, da educação e por mais empregos. A greve geral marcada para essa data já tem ares de vitoriosa. Além das manifestações anteriores dos educadores, nos dias 15 e 30 de maio, em muitas cidades brasileiras, servirem como termômetro da mobilização, dirigentes das centrais sindicais têm afirmado que a adesão dos trabalhadores é muito grande.
Foto: Soraya Misleh
Atos dos professores e estudantes em 15 de maio, contra os cortes dos orçamentos para Educação, ciência e pesquisa.
Outro contexto que está mobilizando a greve é a alta taxa de desemprego, que fechou o trimestre em 12,5%. São 13,2 milhões de pessoas sem trabalho em todo o território brasileiro, segundo dados o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dirigentes de 10 centrais sindicais e movimentos sociais, que organizam a mobilização, têm divulgado a todo instante atualizações e é possível checar nos sites das categorias a adesão, como dos metroviários, que aprovaram em assembleia, no dia 6 de maio, participação na greve. Haverá nova assembleia amanhã (13), às 18h30, para organizar a presença dos trabalhadores.
Em coletiva de imprensa na segunda-feira (10), no Sindicato dos Motoristas de São Paulo, informaram que, na capital paulista, motoristas dos ônibus das linhas municipais e intermunicipais e as linhas 1-Azul, 2-Vermelha e 3-Verde do Metrô de São Paulo vão interromper suas atividades a partir da 0h de sexta-feira.
Cinco das sete linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também param: 8-Diamante, 9-Esmeralda, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade; além do monotrilho, linha 15-Prata.
Os modais coletivos, juntos, somam 15,3 milhões de deslocamentos por dia na região metropolitana, segundo a Pesquisa Origem Destino de 2017.
Wagner Fajardo, coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários, afirma que ainda não há a confirmação de paralisação das linhas 4-Amarela e 5-Lilás, que são privatizadas. Fajardo lembra que o sindicato ganhou na Justiça o direito de representar os trabalhadores destas linhas, geridas pela CCR.
Os bancários de São Paulo, Osasco e região, em assembleia lotada, na terça-feira (11), na Quadra dos Bancários, na Capital, decidiram, por unanimidade, juntar-se ao movimento.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), Gilson Reis, disse que como ainda estão sendo realizadas muitas assembleias em grandes sindicatos do país e nos locais de trabalho, a Confederação não tem um balanço definitivo de quem cruzará os braços.
Os dirigentes sindicais dos mais de 100 sindicatos e 9 federações filiados à CONTEE estão visitando diariamente as escolas e fazendo panfletagens nos principais pontos das cidades, orientando para que todos fiquem em casa na Greve Geral. “Mas ainda não sabemos, ao certo, quantos dos 1,5 milhão de professoras e professores do país vão parar”.
Também paralisam metalúrgicos, químicos, professores, estudantes, petroleiros, comerciários, servidores públicos, entre outros.
*Com agências.