Comunicação SEESP*
No último sábado, 29/6, o Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP realizou o workshop: “Engenharia de Manutenção – Inspeção de pontes e viadutos”, com o objetivo de demonstrar como são feitas as inspeções, quais parâmetros e legislações são utilizados, de quem é a responsabilidade pelas atividades nas obras de arte de São Paulo e qual o campo profissional de atuação do engenheiro neste mercado. A atividade, que aconteceu na sede do sindicato, na capital paulista, contou com apoio do Instituto Mauá de Tecnologia, da Brasil Sustentável Editora e da Mottainai TEC.
Durante a abertura, Marcellie Dessimoni, coordenadora do Núcleo Jovem, ressaltou a importância do evento, sendo o primeiro deste tipo realizado pela equipe de coordenação do Núcleo. Ela abordou a nova edição do Cresce Brasil – Engenharia de Manutenção, publicação técnica da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), “fruto de intensos debates com a categoria, demonstrando a necessidade da engenharia estar cada vez mais unida para contribuir com o desenvolvimento do País, tornando-se protagonista”, afirmou.
Fotos: Beatriz Arruda.
Dessimoni (ao mic.) conduzindo a abertura do evento.
Esdras Magalhães dos Santos Filho, diretor do SEESP, ressaltou aos presentes que, na aquisição de qualquer bem, é preciso ter em mente dois custos: o da aquisição e o da manutenção, referindo-se a necessidade deste mesmo olhar às obras de infraestrutura. “Como o serviço de manutenção é mais silencioso, talvez seja por isso que não vemos muitos esforços dos governantes para o priorizarem”, criticou o engenheiro.
Quem conduziu a palestra principal do workshop foi o professor da Escola de Engenharia Mauá, Marcos Monteiro, especialista na área. Na visão dele, são muitos os fatores que fazem com que a engenharia de manutenção no Brasil esteja tão atrasada em relação a outros países. “Não temos a cultura da manutenção e não temos verba pública destinada exclusivamente para a isso”, ele afirmou. Durante o workshop, o engenheiro abordou conteúdo técnico sobre manutenção de pontes e viadutos. “O Brasil possui tecnologia e capacidade de sobra para realizarmos um trabalho de excelência nessa área”, concluiu.
Marcos Monteiro palestrou sobre manutenção de pontes e viadutos.
Após a palestra técnica, Claudia Saleme, executiva na área de sustentabilidade, desenvolveu a intitulada “Dinâmica do sorriso” com o grupo, em que deixou aos participantes a reflexão sobre o Movimento Nacional pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, tema este que está na pauta dos docentes, segundo ela.
O workshop faz parte do objetivo central do Núcleo, conforme contou Dessimoni, de “compartilhar conhecimento e colocar a mão na massa para a mudança que queremos que aconteça”. Para Ygor Henrique o evento foi um marco para o Núcleo Jovem Engenheiro, do qual faz parte. “Acreditamos que a mudança tem que partir de nós, percebendo a importância da manutenção no nosso cotidiano. É preciso ter apreço e cuidado não só pelas pontes e viadutos, mas por tudo que nos é concedido, a saúde, casa, as relações, a nossa cidade. Isso é manutenção! Tudo que a gente cuida e tem apreço dura mais”, relatou Dessimoni.
Claudia Saleme conduzindo a dinâmica de grupo.
*Com informações do Núcleo Jovem Engenheiro.