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13/11/2019

Servidores de S. Paulo em greve denunciam reajuste de 0,01%

Comunicação SEESP*

Servidores do nível básico (Agentes de Apoio) e médio (Assistentes de Gestão de Políticas Públicas - AGPPs e Assistentes de Suporte Técnico - ASTs) da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) reafirmaram na tarde de terça-feira (12/11) a decisão de continuar a greve, que comçou na terça-feira (5/11) da semana passada. Milhares de servidores participaram do ato que chamou a atenção da população para a defasagem salarial causada pela Lei Salarial 13.303/02, que permite não corrigir os rendimentos com base na inflação, estabelecendo reajuste de “0,01% ao ano.

 


Foto: Divulgação SindSep

greve sindsep internaServidores se concentram em frente da Prefeitura, no centro de São Paulo (SP), na quarta (13/11).

Desde 2016, até o último mês de julho as perdas acumuladas somam 39,27%, conforme dados oficiais da Prefeitura. Desde 2013, não houve qualquer reajuste, a não ser o 0,01% por ano, que representam entre R$ 0,07 até R$ 0,18 de revisão salarial por ano. De acordo com os manifestantes, integrantes de altos escalões da PMSP chegam a receber até R$ R$ 6 mil para participarem de uma única reunião de Conselhos.

Os servidores apresentaram ao governo uma proposta de reestruturação que traria impacto ao orçamento municipal de 0,7%. No entanto, não foram atendidos. E pior, o governo propõe uma reestruturação que acarretará diminuição de ganhos para a maioria esmagadora dos trabalhadores da categoria.

"Há servidores passando por extremas necessidades, chegam a ter mais de dois empregos e há casos em que recolhem latinhas para conseguirem fechar as contas do mês.
Aposentados desesperados, pois, as contas crescem e a aposentadoria não aumenta. Desde 2002 aposentados estão sem qualquer tipo de reajuste! É isso mesmo, há quase 20 anos com o mesmo valor mensal", diz uma carta carta aberta à população que está sendo distribuída pelas categorias.

Diante da negativa da administração pública atual em atender o movimento grevista, os servidores aprovaram a proposta do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) de iniciar um acampamento em frente ao prédio da prefeitura, desde terça-feira (12/11).

Foi aprovada também por unanimidade uma nova assembleia, na quinta-feira (14/11), a partir das 14h, no viaduto do Chá. “Recebemos a informação de que o governo já enviou o projeto de reestruturação para a Câmara Municipal. É aquela proposta em que 70% da categoria não terá ganho. Ficaremos com os mesmos salários, que não têm reajuste há seis anos. Os abonos de R$ 200 que serão pagos para os agentes de apoio e R$ 300 para os AGPPs, mas assim que o projeto for aprovado, acaba esse valor de abono. É um compromisso do prefeito: prejudicar 70% da categoria. Por isso seguimos em greve”, assinalou Vlamir Lima, secretário de Política Intersindical e Solidariedade do Sindsep.

Agenda de mobilização

Quarta 13/11

8h30 - Praça do Patriarca - Ponto de encontro em frente a Secretaria Municipal da Fazenda.


Quinta 14/11

8h30 - Praça do Patriarca - Ponto de encontro em frente a Secretaria Municipal da Fazenda.
14h - Assembleia/ato - Em frente a Prefeitura.





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