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29/11/2011

Relatório da ONU indica que clima será mais extremo

Um aumento nas ondas de calor, chuvas mais intensas, enchentes e ciclones mais fortes, além de deslizamentos de terra e secas mais severas, devem ocorrer neste século no mundo todo, em decorrência do aquecimento do clima na Terra 

        O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), da ONU, pediu com urgência aos países que elaborem planos para uma reação a desastres, visando a adaptação ao crescente risco de eventos climáticos extremos ligados às mudanças climáticas provocadas pelo ser humano.

        O relatório apresenta probabilidades diferentes para eventos climáticos extremos com base nos cenários das futuras emissões de carbono, mas a questão principal é que o clima extremo deve aumentar.

        "É praticamente certo que aumentos na frequência e na magnitude de temperaturas diárias quentes (...) ocorrerão no século 21 em escala global", cita o IPCC. "É muito provável que a duração, frequência e/ou intensidade das fases quentes, ou ondas de calor, aumentem."

        Representantes de quase 200 países se reunirão na África do Sul no próximo dia 28 para conversar sobre o clima, tendo como provável resultado um passo apenas modesto rumo a um acordo mais amplo para o corte de emissões de gases de efeito estufa para combater as mudanças climáticas.

        A ONU e a AIE (Agência Internacional de Energia) e outras entidades dizem que as promessas globais para cortar as emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa não são suficientes para impedir um aumento na temperatura do planeta em até 2 graus Celsius.

        Segundo cientistas, ultrapassar esse limite geraria riscos de um clima instável em que os extremos climáticos podem se tornar mais comuns e a produção de alimentos mais difícil.

        As emissões mundiais de carbono subiram para uma quantidade recorde em 2010, seguindo a recessão econômica.

        De acordo com o relatório do IPCC, o aumento nos níveis dos mares é uma preocupação para pequenas ilhas-Estado, disse o relatório.

        A previsão era de que secas, provavelmente a maior preocupação do mundo, considerando o aumento na população que precisará ser alimentada, vão aumentar.

        "Existe uma confiança média de que as secas irão se intensificar no século 21 (...) devido à menor precipitação e/ou um aumento na evapotranspiração". As regiões listadas são o sul da Europa e a região do Mediterrâneo, na Europa central, a região central da América do Norte, a América Central e o México, o Nordeste brasileiro e o sul da África. 




(Folha de S.Paulo)





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