Agência Sindical*
Mobilização em portas de fábricas de São Bernardo do Campo (SP), na última terça-feira (10/12), iniciou a Jornada de Lutas das Centrais Sindicais contra a MP 905. A medida, imposta por Bolsonaro e Paulo Guedes, seu ministro da Economia, amplia os ataques a direitos dos trabalhadores.
O movimento visa dialogar com a população sobre os perigos contidos na MP do Contrato Verde e Amarelo, que precariza as condições do trabalho e ameaça diversas profissões.
As atividades começaram às 5h, com panfletagem de material unitário na porta da Volkswagen e em outras fábricas da região. O material denuncia os ataques da medida e chama os trabalhadores à resistência.
Para Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a sociedade enfrenta momentos de graves afrontas aos direitos. Ele diz: “Não podemos nos limitar aos locais de trabalho. Temos que dialogar com a comunidade nos bairros e trazer esse povo pra luta em defesa de emprego decente e direitos”.
Segundo o dirigente, há muita falta de informação quanto aos perigos contidos no chamado Contrato Verde e Amarelo. “Percebemos que há desconhecimento sobre a MP. Quando conversamos com os trabalhadores, eles ficam perplexos”, ele comenta.
Calendário
Nesta quarta-feira (11/12), o movimento se concentra na Zona Sul da cidade de São Paulo, em frente à MWM Motores e Geradores, em Jurubatuba; e nos terminais de Santo Amaro, Largo 13 de Maio; e Praça Floriano Peixoto.
Quinta (12), a mobilização acontece simultaneamente nas estações de metrô Artur Alvim, Sé e Barra Funda; no terminal de ônibus intermunicipal e no Calçadão da Catedral de Campinas (SP).
Sexta (13), as Centrais dialogarão com a população nas estações de trem de Osasco e Carapicuíba.
Participam CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central, CGTB, Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta e Conlutas.
*Texto originalmente publicado no portal Agência Sindical em 10/12/2019.