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28/01/2020

Consumidores devem exigir internet móvel de qualidade

Carlos Augusto Ramos Kirchner*

 

O uso do celular, notadamente do smartphone, cresceu de forma surpreendente nos últimos anos em todas as classes sociais. Para muitos cidadãos, virou uma das mais importantes ferramentas de seu trabalho, além de desempenhar inúmeras outras funções, informativas, educativas e recreativas. Para que tais utilizações se deem a contento, é preciso ter internet móvel de qualidade. Isso significa sinal forte, com boa velocidade de transferência de dados, em qualquer lugar que se circule, sem que haja quedas constantes.

 

A Comissão de Infraestrutura Aérea Urbana de Bauru (Coinfra), constituída por empresas de telecomunicações, entidades da sociedade civil e do Poder Público Municipal, fez a sua parte para melhorar a qualidade dos serviços de internet móvel ao propor a nova Lei das Antenas, que foi encampada pelo Executivo e aprovada pela Câmara Municipal. Em vigor desde maio de 2019, a legislação facilita a instalação de novas antenas nos locais que se fizerem necessários.

 

A telefonia e internet móvel são serviços prestados em regime privado, segundo os princípios constitucionais da atividade econômica. Por essa lógica, a oferta depende de interesse comercial das operadoras. Trata-se de mercado competitivo em que participam cinco empresas: Claro, Nextel, Oi, Tim e Vivo. Nesse cenário, é preciso que os usuários saibam como avaliar os serviços de forma objetiva e, devidamente informados, possam ser mais exigentes, fazendo valer a regra da portabilidade e trocando de operadora, quando for o caso. Para ter acesso às informações básicas sobre internet móvel, o consumidor deve instalar dois aplicativos gratuitos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em seu smartphone. O primeiro, denominado "EAQ Brasil Banda Larga", permite aferir as velocidades de transferência de dados para seu celular (download) e a de transferência de dados de seu celular (upload). O segundo é o "Anatel Serviço Móvel" e possibilita consultar o desempenho da qualidade dos serviços de voz e de dados das redes, medido por indicadores de acesso e queda.

A ferramenta propicia também que o usuário visualize em um mapa as estações licenciadas pelas cinco operadoras junto à Anatel.

 

Uma boa dica para comparar o serviço que está sendo fornecido pelas operadoras é que clientes de empresas diferentes testem a velocidade pelo "EAQ" simultaneamente e no mesmo local. Isso demonstrará quem está entregando mais adequadamente o que prometeu. Além de terem mais condições de exigir aquilo pelo que estão pagando, usuários mais informados melhorarão o padrão da concorrência entre as empresas que se verão obrigadas a oferecer internet com mais qualidade. O mínimo que se deve aceitar é a tecnologia de banda larga 4G (4ª geração). Além disso, se o 5G ainda está muito longe e será um excepcional avanço, o 4,5G já chegou a algumas cidades da região de Bauru (SP), com velocidade que poderá ser até dez vezes maior.

 

 

 

 

 

 

foto kirchner 

 *Carlos Augusto Ramos Kirchner é vice-presidente da delegacia sindical do SEESP em Bauru e presidente da Comissão de Infraestrutura Aérea Urbana do município (Coinfra). Artigo publicado originalmente no site do Jornal da Cidade de Bauru (JCNet), em 24/1/2020.

 

 

 

 

 

 

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