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13/04/2020

Sindicatos dos servidores da Saúde fazem ato silencioso no Masp

Comunicação SEESP*

Diversas entidades sindicais dos trabalhadores essenciais na área da Saúde criaram um memorial no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) pelas vítimas do Covid-19, no domingo (12/4). Eles denunciam a contaminação dos trabalhadores pelo coronavírus que causaram muitas mortes. No entanto, o poder público não divulga a lista completa dos doentes com suspeita de estarem com a Covid-19 e nem mesmo os óbitos na cidade e no estado de São Paulo.

 


Fotos: Edi Sousa / Campanha em defesa dos trabalhadores essenciais

ato siliencioso sindsep

Durante o ato, que ocorreu desde às 10h da manhã com poucas pessoas e respeitando a distância de pelo menos um metros entre os participantes, dirigentes alertaram sobre a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e pediam insistentemente: faça sua parte, fique em casa.

Transeuntes e motoristas que passavam pelo local deixavam uma homenagem, como flores e mensagens, que também estão sendo feitas nas redes sociais. Houve transmissão ao vivo pela página do Facebook, onde foram mostradas as diversas cruzes com os nomes dos profissionais mortos por conta da pandemia.

 

"Como sindicato dos trabalhadores do serviço público municipal reafirmamos que a condução do enfrentamento à crise por parte da administração municipal de Bruno Covas e do secretário municipal de saúde Edison Aparecido tem se pautado pelo descaso e pela enrolação na solução da crise dos equipamentos de proteção individual. Esse fato se acumula com a ausência de testagem sistemática dos profissionais da saúde para contaminação do coronavírus. A situação extremamente grave, mostra a incapacidade de proteger os profissionais do setor público da saúde (servidores, trabalhadores das organizações sociais da saúde e terceirizados) por parte dos governantes", afirma o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep-SP).

Tanto a Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) quanto o Governo do Estado, divulgaram notas afirmando que as máscaras cirúrgicas e N95 estão sendo entregues nas unidades de saúde. "Nunca chegam na quantidade necessária para uso dentro das normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", alerta os trabalhadores.

Na quarta-feira (8/4), a PMSP anunciou que irá contratar costureiras e artesãos para a produção de máscaras e outros dispositivos médicos, com investimento de R$ 2 milhões para selecionar entidades sociais para a produção dos equipamentos de proteção da área da saúde, para a produção de 1 milhão de máscaras para profissionais da saúde e da assistência social, além de 500 mil protetores faciais e 500 mil aventais.

Honramos as trabalhadoras e trabalhadores do serviço público de saúde que perderam a vida diante da incapacidade da prefeitura reagir a tempo para preservar suas vidas afastando todos que faziam parte do grupo de risco do trabalho e garantindo equipamento de proteção adequados e em quantidade apropriada para trabalharem.

Ao final do dia, o Sindsep-SP divulgou uma lista com trabalhadores que morreram:

ato siliencioso sindsep internaGloria (sem identifcação do sobrenome), técnica de enfermagem do Hospital Municipal Cidade Tiradentes, Cidade Tiradentes.

José Antônio da Boa Morte, técnico de enfermagem em uma empresa de ambulâncias que atendia o serviço de saúde de São Paulo.

Juraci Augusta da Silva, de 72 anos, auxiliar de enfermagem no Hospital Municipal Carmino Caricchio.

Idalgo Moura dos Santos, de 45 anos, enfermeiro, funcionário da Organização Social de Saúde SPDM, trabalhava no Hospital Municipal Carmino Caricchio – Hospital do Tatuapé.

Eduardo Gomes da Silva, de 48 anos, auxiliar de enfermagem no Hospital Tide Setúbal, funcionário SPDM.

José Alves Galdino da Silva, 38 anos, trabalhador terceirizado da vigilância do Hospital Municipal Dr. Benedicto Montenegro (Jardim Iva).

Paulo Fernando Moreira Palazzo, 56 anos, médico clínico, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Marceliane Maciel, de 53 anos, trabalhava na Unidade Básica de Saúde - UBS Sacomã.

Luzanira Odílio, de 61 anos, auxiliar de enfermagem do Hospital Municipal do Campo Limpo.

Maria Elisa Reis de Oliveira, 66 anos, auxiliar de enfermagem municipalizada que trabalhava na UBS Jardim Peri, Cachoeirinha.

Angela Maria Salomão, 64 anos, agente comunitária de saúde na Unidade Básica de Saúde - UBS Jardim Guairacá, no Jardim Guairacá.

Jaime Takeo Matsumoto, médico ortopedista do Hospital Municipal Tide Setúbal, São Miguel Paulista

Adelia Maria Araujo de Almeida Oliveira, médica pediatra do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, Bela Vista.

Marina Santos, enfermeira do Hospital Municipal de Pirituba, na região de Pirituba e do Hospital Estadual do Mandaqui, Santana.

Elisangela Ferreira, técnica de farmácia AME Maria Zélia, Belenzinho (trabalhadora da saúde estadual).

Carlos Rogério de Carvalho, técnico em enfermagem do Hospital Estadual do Mandaqui, Santana (trabalhador da saúde estadual).

SINDSEP | Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo







* Com informações da Comunicação do Sindsep


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