Soraya Misleh/Comunicação SEESP
Nesta quinta-feira (2/7) a Embraer S/A anunciou publicamente a intenção de negociar a abertura de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) com foco nos setores de engenharia e produção. Estariam incluídos os profissionais em licença remunerada.
Procurado pela companhia, o sindicato rechaçou a proposta de imediato. Como afirma Murilo Pinheiro, presidente do SEESP, "nossa posição, especialmente neste momento, é totalmente contrária. O que está sendo chamado de PDV pela Embraer, na verdade, é um indicativo de demissão em massa pura e simplesmente, o que é inaceitável. Sabemos da importância dessa empresa para a economia e a tecnologia nacionais e estamos abertos a dialogar e negociar condições para a manutenção dos empregos dos engenheiros. Mas dar aval ao desligamento de profissionais está fora de cogitação.”
Atualmente a empresa conta com 16 mil funcionários em suas unidades em todo o País, sendo 4 mil engenheiros. Na unidade em São José dos Campos, são 10 mil trabalhadores. Dois terços encontram-se atualmente em home office, em função da pandemia de Covid-19, e parte está em layoff ou licença remunerada.
O SEESP tem se mostrado aberto e já negociou acordos para redução de jornada e salário no período ou suspensão de contratos mediante licença remunerada, buscando garantir as melhores condições aos seus representados – aprovada por ampla maioria nas assembleias da categoria. Mas não abre mão de defender os empregos dos engenheiros, como é parte de sua trajetória atuante.