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17/07/2020

Uso de BIM nas construções de hoje e futuras pauta debate online do SEESP

Jéssica Silva
Comunicação SEESP

 

A live do SEESP desta semana, transmitida no perfil da entidade no Instagram (@oportunidades_na_engenharia), na quinta-feira (16/7), colocou em pauta o papel da modelagem de informação da construção, o BIM (em inglês Building Information Modelling), no enfrentamento da Covid-19 e também na recuperação pós-crise.

 

O BIM é um processo de construção digital, que relaciona todo o ciclo produtivo da cadeia de construção, conforme explicou Meire Garcia, arquiteta e coordenadora do curso “Fundamentos e implementação de BIM”, do SEESP Educação. A especialista foi a convidada da live, que teve o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), e foi conduzida pelo diretor do sindicato e coordenador do projeto Cresce Brasil +Engenharia +Desenvolvimento, da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Fernando Palmezan Netto.

 

No BIM, além da perspectiva da obra – que anteriormente podia ser feita em softwares do tipo CAD numa experiência 2D –, são acrescentadas informações, transformando o desenho em um modelo do que será construído, numa visualização em três dimensões.

 

“O modelo passa a ter não somente a geometria, mas informação”, continuou Garcia e exemplificou: “quando projetamos uma parede, além da representação geométrica, vamos falar de que material será feita, altura, espessura, cor de tinta”.

 

Live BIM 160720Live aconteceu na quinta-feira (16/7), pelo perfil do SEESP no Instagram: @oportunidades_na_engenharia.

 

 

Construir de forma digital o que será construído fisicamente é o grande benefício do uso do BIM, segundo a arquiteta, pois fornece “previsibilidade nos resultados”. “Você começa a ter parâmetros para extrair quantitativos, orçamentos previsíveis, parâmetros muito melhores para o planejamento correto de obras, otimização das fases projetuais”, entre outras melhorias citadas pela especialista.

 

Garcia ressaltou que todas as informações relevantes ao projeto são incluídas pelos engenheiros, arquitetos e profissionais envolvidos, o que faz do BIM mais do que uma ferramenta, mas também um processo, que organiza o fluxo de informações, as formas de alimentar o modelo desenvolvido.

 

Nesse sentido também o BIM exige a adoção de políticas por melhores práticas, diretrizes, regulamentações. Ela citou, inclusive, a norma BIM, que está sendo desenvolvida por comissão especial da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e o decreto nº 10.306 de abril último, que dá mais um passo na estratégia de disseminação da modelagem de informação no País.

 

“O que dá para notar é que, daqui para frente, um profissional que queira se formar em engenharia, em arquitetura, ele necessariamente vai ter que ter conhecimento de BIM, porque senão ele provavelmente vai estar fora do mercado”, apontou Palmezan.

 

BIM e a pandemia

Mesmo durante a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, o setor da construção não parou, segundo o direto do SEESP. Garcia também destacou o grande trabalho das construções emergenciais dos hospitais de campanha, precisas e em um curto período. Nesse contexto, o BIM, por ser executado virtualmente, é o processo de construção mais adequado para o atual momento e após a pandemia. 

 

“O distanciamento social transformou tudo e empurrou todos ao mundo virtual, inclusive quem não tinha tanto contato e até uma certa resistência a isso”, avaliou a arquiteta. Para ela, a recuperação da economia no setor precisa do uso do BIM.

 

Ela avaliou: “as incertezas aumentaram muito e a percepção do risco também. A sensação do mercado, especialmente o privado, por uma questão dessa percepção do risco muito provavelmente vai cada vez mais exigir critérios de segurança para tomada de decisão. E o BIM proporciona decisões mais corretas”. Em sua visão, a modelagem de informação vai nortear as construções futuras tanto no setor privado quanto no público.

 

Formação

O público participou com diversas perguntas durante a live. Entre elas, sobre como o profissional pode adquirir formação superior em BIM. Garcia respondeu que hoje existem pós-graduações voltadas ao processo. Inclusive o SEESP, por meio da área SEESP Educação, elaborou uma especialização que ainda aguarda a chancela do Ministério da Educação. Além disso, o sindicato promove cursos de extensão sobre o tema, como o de “Fundamentos e implementação de BIM”, pausado no momento devido a quarentena.

 

Mas, a dica de ouro deixada pela arquiteta para os que desejam se aprimorar na modelagem de informação da construção foi o livro “Manual de BIM”, em suas palavras “obrigatório”. Garcia enfatizou também a busca constante por conhecimento, atualizações do setor e networking com profissionais da área.

 

As lives do SEESP acontecem sempre uma vez a cada semana, usualmente às quartas-feiras, agendadas e divulgadas no site do SEESP. Acompanhe e siga o perfil no Instagram: @oportunidades_na_engenharia.

 

Confira a live sobre BIM na íntegra:

 

 

 

 

 

 

 

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