Agência Sindical
As centrais sindicais promovem, na sexta-feira próxima (7/8), protesto virtual para lembrar as mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil, que já deverão ter chegado à marca das 100 mil na data. De acordo com nota divulgada pelas centrais, será um “Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos” contra o governo, que contraria as recomendações de especialistas em saúde pública, os organismos e protocolos internacionais.
Bolsonaro, diz a nota, “negou a pandemia e adotou medidas equivocadas e desastrosas, que desorganizaram as ações de enfrentamento à pandemia, colocando o Brasil, tragicamente, na iminência de atingir 100 mil óbitos ainda em agosto”.
Para os sindicalistas, o descaso do governo jogou “o Brasil na maior crise econômica e social de toda a sua história, com a extinção em massa de empregos e de empresas”.
Em nota, os dirigentes ainda exigem das autoridades “os equipamentos de proteção individual e coletivo para os trabalhadores das categorias essenciais, em especial os da área da saúde”. E reafirmam a defesa da manutenção do Auxílio Emergencial de R$ 600, no mínimo até dezembro.
Segue nota:
Dia 07 de Agosto - Dia Nacional de Luto e de Luta!
#BastadeMortes
Em reunião por videoconferência, realizada nesta segunda (27), as Centrais Sindicais reafirmaram a avaliação de que o governo Bolsonaro contrariou os
especialistas em saúde pública, os organismos e protocolos internacionais, negou a pandemia e adotou medidas equivocadas e desastrosas, que desorganizaram as ações
de enfrentamento à pandemia, colocando o Brasil, tragicamente, na iminência de atingir 100 mil óbitos ainda em agosto.
Além de ter contribuído para a perda de milhares de vidas, o descaso e descontrole com os quais o governo tratou a pandemia lançaram o Brasil na maior crise econômica e
social de toda a sua história, com a extinção em massa de empregos e de empresas.
Em defesa a vida e dos empregos, as Centrais Sindicais decidiram:
1- Definir 07 de Agosto como Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos (programação será informada nos até sexta).
2- Repudiar a iniciativa de prefeitos e governadores que já planejam e até fixaram data para retorno presencial dos alunos às aulas. Atitude que os iguala ao genocida Bolsonaro.
3- Exigir das autoridades os equipamentos de proteção individual e coletivo para os trabalhadores das categorias essenciais, em especial os da área de saúde.
4- Reafirmar nossa pauta emergencial de apoio aos setores mais vulneráveis na crise:
a) Manutenção do auxílio emergencial de R$ 600,00, no mínimo, até 31 de dezembro de 2020;
b) Ampliação das parcelas do seguro desemprego;
c) Liberação de crédito para as micro e pequenas empresas;
d) Fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde);
e) Derrubada pelo Congresso Nacional dos vetos do presidente da República que impedem a garantia dos direitos conquistados pelos trabalhadores(as) e seus sindicatos, por meio da ultratividade, dos acordos e convenções coletivas de trabalho.
São Paulo, 27 de julho de 2020
Sérgio Nobre – Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Adilson Araújo – Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
José Calixto Ramos – Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
Alvaro Egea – Secretário Geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
Ricardo Patah – Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Ubiraci Dantas Oliveira – Presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)
Joaninha de Oliveira – Secretaria Executiva Nacional da CSP–Conlutas
José Gozze – Presidente – Pública Central do Servidor
Nilza Pereira de Almeida – Secretaria de Finanças da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato – Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora