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10/09/2020

Cuidar da cidade e recuperar empregos são prioridades, afirma Jilmar Tatto

Jéssica Silva / Comunicação SEESP

 

Na tarde da última terça-feira (8/9), o SEESP recebeu o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Jilmar Tatto (PT), dando continuidade ao seu ciclo de debates “A engenharia e a cidade”.

 

A iniciativa de convidar democraticamente todos os que estão na corrida por cargos executivos já é tradição do sindicato. Em meio à pandemia, a única diferença ante as eleições municipais deste ano, marcadas para 15 e 29 de novembro próximo (primeiro e segundo turnos respectivamente), é que os encontros são online – como ocorreu com Tatto, através de webinar no Youtube e no Facebook da entidade.

 

Mais uma mostra da responsabilidade que caracteriza o SEESP – que se mantém atuante em prol dos engenheiros e da sociedade ao mesmo tempo em que busca contribuir neste momento para conter a disseminação da Covid-19.

 

Jilmar Tatto apresentou suas propostas e ideias e respondeu às perguntas do público, no evento coordenado pelo presidente do sindicato, Murilo Pinheiro, e pelo diretor da entidade José Manuel Teixeira.

 

Tatto foi deputado estadual, atuou como secretário municipal por oito anos e, por fim, deputado federal. Lembrou que, quando secretário, sempre acompanhou a atuação do SEESP na busca por soluções aos problemas e desafios da cidade e classificou, à abertura do debate, a entidade como “participativa e antenada com a vida do povo”.

 

Para o trabalho de prefeito, afirma estar preparado. “Estou estudando bastante, não basta conhecer São Paulo, tem que estudar e se aprofundar nos problemas. E uma certeza que nós temos é de que a cidade está mais desigual. Em função da pandemia, de tudo o que está acontecendo, teve aumento no desemprego, [no número de] moradores em situação de rua, as pessoas estão sem alimentação, sem renda”, avaliou.

 

 

CicloDeDebates Tatto 080920Murilo Pinheiro e José Manuel Teixeira recebem Jilmar Tatto no ciclo de debates do SEESP. Imagem: Reprodução. 

 

 

 

Nesse sentido, ele reforçou a necessidade do auxílio emergencial e a continuidade deste enquanto perdurar a pandemia. “Tem mais gente recebendo o auxílio do que empregada. Estamos batendo recorde de desemprego. E temos que usar a Prefeitura para enfrentar essa desigualdade”, afirmou o pré-candidato.

 

Para tanto, em seu programa de gestão, Tatto frisou, estão propostas como a implantação de renda básica e tarifa de transporte zero, progressiva e gradual, voltada aos desempregados, estudantes e como estímulo ao lazer nos finais de semana. Ele apresentou como foco também o investimento em cultura, área que, além de fazer bem a alma, conforme disse, tem grande potencial para gerar empregos.

 

Reforçou ainda a importância de políticas públicas de moradias, com o auxílio técnico dos engenheiros nessa empreitada. “Mais de 450 mil famílias não têm casa na cidade de São Paulo, e nós vamos ter que propiciar casa para essas pessoas”, pontuou.

 

Internet e volta às aulas

O pré-candidato pelo PT revelou, ademais, a preocupação de garantir acesso à internet a todos, sobretudo neste período em que tudo acontece online. Ele vê como locais prioritários para esse serviço as escolas públicas e as casas em que se têm alunos destas, seguidos de praças e parques. “Hoje, computador, internet não são luxo, são vitais”, apontou, “principalmente para a juventude, que precisa estudar, precisa disputar o mercado de trabalho.”

 

Indagado sobre a volta às aulas neste momento em que o País ainda passa por forte onda de contágio pelo novo coronavírus, Tatto declarou que seria uma temeridade. E foi categórico: “Toda a nossa ação tem que ser no sentido de evitar que as pessoas sejam contaminadas, de salvar vidas.” Para ele, o momento atual é de reformar as escolas, discutir logística, ampliar salas, garantir torneiras com água e sabão, para depois pensar no retorno dos alunos.

 

Mobilidade

Na visão de Tatto, o sistema de transporte público tem que ser reinventado. O pré-candidato defendeu a importância de uma política pública de mobilidade com recursos da União, o que chamou de um “sistema único de mobilidade”, para assegurar que as cidades promovam o direito de ir e vir com qualidade aos munícipes.

 

Está em seus planos, nessa direção, a ampliação do tempo de integração do Bilhete Único, assim como a criação de mais faixas exclusivas de ônibus, inclusive na rodovia Raposo Tavares, para atender a região oeste da Capital.

 

Ele assegurou que planeja também expandir as ciclovias. São Paulo tem hoje em torno de 500km, segundo ressaltou o pré-candidato, e, para que se tenha uma rede cicloviária integrada com os demais modais, precisa de no mínimo 1.500km. “Ciclovia, para nós, não é só lazer, é um transporte que as pessoas usam para trabalhar, para estudar [...] Se não fossem as nossas ciclovias na cidade, o que estaria acontecendo com esses meninos que entregam produtos, alimentos. Seria carnificina, aumentariam os acidentes, mortes”, declarou Tatto.

 

Dinheiro público e cuidar da cidade

Questionado sobre orçamento municipal, o pré-candidato afirmou que, mesmo com a pandemia, houve aumento de 9% na arrecadação e que é possível ter receitas para obras de melhorias e manutenção que, hoje, na sua visão, não são feitas. “A cidade está abandonada”, criticou. “São Paulo exige um novo dinamismo, mais que um prefeito, um líder, que articule com entidades, setor empresarial, para uma cidade dinâmica, que realmente se preocupa com seu povo”, externou.

 

Murilo reforçou a proposta do SEESP – constante do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, desenvolvido pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) com a adesão do sindicato – de criação de uma área ou secretaria voltada à engenharia de manutenção, com equipe e dotação orçamentária próprias, de pontes, viadutos, prédios e obras da cidade em geral.

 

“Nós vamos fazer e, aliás, vamos contratar os engenheiros justamente para tocar isso”, prometeu Tatto, e continuou: “e tem que ser de carreira”. Sobre isso, o presidente do SEESP ressaltou que foram realizados concursos para atuação na Prefeitura, mas os engenheiros não foram chamados. “E está faltando engenheiro”, frisou Murilo.

 

Tatto comprometeu-se a chamar esses engenheiros para trabalharem principalmente com as demandas das subprefeituras. “Eu quero fortalecer as subprefeituras, eu quero descentralizar a administração e a cidade vai precisar de muitos engenheiros na ponta, na periferia [...] porque eu quero uma cidade para todos”, disse o pré-candidato.

 

 

Confira o debate na íntegra:

 

 

 

 

 

 

 

 

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