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21/09/2020

SEESP: 86 anos de rica trajetória em prol dos engenheiros

 

Soraya Misleh / Comunicação SEESP

 

Em meio à pandemia de Covid-19 e muitos desafios, o SEESP celebra 86 anos de firme atuação em defesa de seus representados nesta segunda-feira (21/9). Dessa forma, mantém trabalho permanente em prol de direitos e conquistas da categoria, bem como para contribuir na superação da crise sanitária, política e socioeconômica nacional neste momento.

 

Nessa direção, tem não só fortalecido as negociações coletivas com empresas e entidades, mas também realizado semanalmente atividades online sobre temas de interesse dos engenheiros e da sociedade como um todo.

 

 

Campanhas salariais

 

Em sua função precípua, o sindicato conduz hoje negociações coletivas com cerca de 50 empresas e entidades patronais nos mais diversos segmentos, beneficiando mais de 100 mil profissionais nas campanhas salariais. Representa ainda os engenheiros da Prefeitura de São Paulo. As datas-bases para a renovação de normas coletivas vão de 1º de janeiro a 1º de novembro, o que torna a ação sindical trabalho permanente.

 

Essa atuação tem assegurado ao profissional, ao longo dos anos, reajuste salarial, aumento real, participação nos lucros e resultados, reciclagem tecnológica, cumprimento do piso conforme a Lei 4.950-A/66 (estipulado em nove salários mínimos vigentes no País para oito horas diárias), benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, planos de saúde e muitos outros. 

 

A partir da aprovação da Lei 13.467/2017, que implementou a reforma trabalhista, o papel do sindicato tornou-se ainda mais essencial, tendo em vista a prevalência do negociado sobre o legislado instituída pela nova norma. Essa atuação ganha destaque em tempos de pandemia.

 

 

Protagonismo

 

Reconhecendo-se como um sindicato-cidadão e com olhos no futuro, o SEESP vem também debatendo problemas e soluções a setores essenciais como energia, comunicações, mobilidade e transporte, meio ambiente, habitação, saúde e saneamento, ciência, tecnologia e inovação, entre outros.

 

Webinar em 16 de setembro discutiu as implicações do Projeto de

Lei 529/2020 nas universidades paulistas. (Reprodução Instagram)

 

Destaque para sua adesão ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), à qual o sindicato paulista é filiado. Permanentemente atualizada, a iniciativa reúne propostas factíveis ao desenvolvimento nacional sustentável com inclusão social.

 

Em outubro próximo, será lançada nova versão, abordando a retomada da economia pós-pandemia. Esta será entregue aos candidatos a Prefeito nas próximas eleições municipais em novembro – os quais, como já é tradição do SEESP, tem sido convidados a debater suas propostas com os engenheiros no ciclo “A engenharia e a cidade”.

 

 

História

 

Essa longa trajetória se inicia em 1934, no contexto da industrialização do Estado, em que os engenheiros passam a ter importância crucial. A intenção, em princípio, era ter um representante classista perante o Congresso, em atendimento a regra constante do segundo capítulo, parágrafo terceiro, da Constituição daquele ano.

 

Registro sindical do SEESP. (Acervo)

 

 

Os primeiros presidentes da entidade foram Francisco Teixeira da Silva Telles (1934-1952), Mario Freire (1952-1954), Christiano Carneiro Ribeiro da Luz Jr. (1954-1956), Luiz Lins de Vasconcellos Neto (1956-1960) e Cyro Peixoto Santos (1960-1980), cuja gestão enfrentou o desafio de atuar em meio à ditadura militar, a partir do golpe de 1964. Não obstante, no ano de 1977, importante conquista foi alcançada: a consolidação do primeiro dissídio coletivo, junto ao Sindicato dos Bancos.

 

Em 1980 o SEESP passou por importante transformação, a partir do “Movimento de Renovação e Oposição”, base para sua característica como sindicato-cidadão. Assumiu o comando Horácio Ortiz (1980-1983), seguido por Antonio Octaviano (1983-1986) e Allen Habert (1986-1989) – gestões marcadas pela luta pela redemocratização e, após o fim do período de exceção, participação decisiva para inserção do capítulo de Ciência e Tecnologia na Constituição Federal de 1988.

 

Nesse mesmo ano, a entidade instituiu o Programa de Moradia Econômica (Promore). A iniciativa inaugurada em Bauru passou a ser oferecida em diversas outras cidades – como Rio Claro, Piracicaba e

Ribeirão Preto –, nas quais o SEESP conta com delegacias sindicais no Interior, em convênio com administrações locais. O Promore já realizou cerca de 9 mil projetos que asseguraram moradia adequada a cidadãos de baixa renda e oportunidade de trabalho a jovens profissionais.

 

Ao final dos anos 1980, Rutênio Gurgel Bastos (1989-1992) assumiu a Presidência da entidade. Sua gestão se encerrou com chave de ouro: importante vitória à valorização profissional, fruto de luta antiga: a aprovação da Lei 8.029/1992, que garantiu a reciclagem tecnológica para os engenheiros do Estado.

 

Já à gestão seguinte, tendo à frente Esdras Magalhães dos Santos Filho (1992-1995), o SEESP dinamizou sua atuação como sindicato-cidadão, engajando-se em duas frentes importantes para a sociedade: o Movimento pela Ética na Política e o Comitê de Ação da Engenharia pela Cidadania, contra a Fome, a Miséria, pela Vida.

 

Também participou ativamente do I Fórum Paulista das Associações e Entidades de Engenharia de Segurança do Trabalho, lançado em julho de 1992, na sede do sindicato, na Capital.

Ubirajara Tannuri Felix (1995-1998) deu continuidade a esse trabalho, com sua gestão notabilizando-se pelo lançamento do movimento “Engenharia Urgente”, para sensibilizar o poder público quanto à necessidade de retomada do desenvolvimento do Estado, em prol da geração de empregos e benefícios sociais. Ainda em sua gestão, foi inaugurada a atual sede do SEESP na Capital.

 

Em meio à onda de privatizações que marcou a segunda metade dos anos 1990, tanto a gestão de Bira quanto a de Paulo Tromboni de Souza Nascimento (1998-2001) destacaram-se na luta contra a desestatização de serviços essências.

 

Independentemente das muitas dificuldades, ao longo dessas décadas, o SEESP ampliou o atendimento, serviços e benefícios aos engenheiros, na Capital e no Interior.

 

Murilo Pinheiro ao lançamento do "Cresce Brasil - Engenharia de Manutenção"

em 2019, na sede do SEESP na Capital. (Beatriz Arruda)

 

O forte trabalho realizado ao longo dessa trajetória sedimentou o caminho para que neste século XXI o sindicato desse novo salto. O atual presidente, Murilo Pinheiro, assumiu o comando do sindicato em 2001, sendo reeleito desde então. Sua gestão é marcada por reestruturação que incrementou ainda mais o atendimento à categoria e vantagens sobretudo aos filiados, bem como  a inserção no debate público.

 

Entre os serviços, a partir de reformulação da Bolsa de Empregos em 2018, sua estrutura passou a contar com a área de Oportunidades na Engenharia à recolocação e orientação profissional.

Três anos antes foi criado o Núcleo Jovem Engenheiro, com o objetivo de aproximar as novas gerações da vida sindical e engajá-las em debates essenciais em prol da profissão e do País. O incremento nos benefícios veio com a implementação da Casa do Engenheiro, que oferece clube de vantagens aos associados.

 

O balanço positivo é resultado de muito trabalho, luta e determinação. Sob esse legado, a despeito dos grandes desafios atuais, a entidade completa 86 anos com forte convicção para seguir avançando na representação coletiva, atendimento ao associado e inserção no debate público.

 

Para conhecer mais o sindicato e acompanhar suas ações, acesse este site (www.seesp.org.br) e suas redes sociais.

 

 

 

 

 

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