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08/02/2021

Cabo submarino que dará suporte ao 5G no Brasil começa a ser instalado

Planeta Azul

Um cabo submarino de fibra óptica, ligando o Ceará a Portugal, ancorou na Praia do Futuro, em Fortaleza, em 14 dezembro último. De lá, segue viagem para pontos no Rio de Janeiro e em São Paulo. E depois para conexões na África e outros países europeus, passando por ilhas Atlântico (Cabo Verde, Madeira, Guiana Francesa). O trajeto é livre do monitoramento pelo Estados Unidos. E a instalação do cabo de 6 mil quilômetros de fibra ótica, que deve custar R$ 1 bilhão à empresa Ellalink, vai possibilitar o tráfego de dados a 72 terabits por segundo e latência de 60 milissegundos. O cabo de fibra ótica também dará suporte à chegada do 5G ao País.

 

cabo submarinoImagem: Reprodução Planeta Azul

 

O cabo transmitirá dados com uma velocidade de até 72 terabits por segundo, com uma latência de apenas 60 milissegundos. A partir de sua conexão em Fortaleza, mais provedoras vão poder oferecer internet de fibra óptica de alta velocidade para diversos pontos no Brasil, além de oferecer mais um ponto para implementação da infraestrutura de 5G. A estimativa é que toda a instalação seja concluída até meados de 2021.

 

O cabo da Ellalink pode alcançar 5 mil quilômetros de profundidade em seu trajeto pelo mar. Ele vai substituir outro cabo, que liga a Europa ao Brasil, mas que passa pelos Estados Unidos, percorrendo o dobro da distância, 12 mil quilômetros. Os cabos submarinos são utilizados, em geral, em redes internacionais de telecomunicações para interligar países e continentes.


No Brasil, o sistema é utilizado para conectar toda a costa nacional. O primeiro cabo telegráfico submarino foi lançado em 1851 no canal de Dover. Logo em seguida, surgiu a ideia de criar uma rede que atravessasse o Atlântico e permitisse que a tecnologia fosse usada para interligar diferentes continentes. Depois disso, muitos outros cabos submarinos metálicos foram instalados, mas ainda eram usados apenas para a transmissão de mensagens telegráficas.


Do primeiro cabo submarino ao futuro

Foi necessário quase um século até a invenção do cabo submarino coaxial, em 1956. Com ele, tornou-se possível a comunicação entre vários indivíduos simultaneamente. Pouco mais de uma década depois, nos anos 1970, foram criados os cabos ópticos que estão em uso atualmente.

No Brasil, o primeiro cabo submarino foi inaugurado em 1857, ligando por telégrafo, o Rio de Janeiro e a cidade de Petrópolis. Em 1875, Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, participou da organização e do financiamento da instalação do nosso primeiro cabo submarino internacional conectando o Brasil a Portugal. Atualmente, os cabos submarinos são de fibra óptica e transmitem informações digitais.

Todos os continentes, exceto a Antártida, são ligados por eles. A evolução fez o tempo de transmissão dos sinais, que antes era medido em minutos, cair para milissegundos com o uso da fibra óptica. O maior cabo óptico submarino do mundo tem 38 mil quilômetros de extensão e conecta 32 países do Sudeste Asiático, do Oriente Médio e da Europa. Com a instalação deste novo cabo submarino, o Brasil entra em uma nova era das comunicações instantâneas.

Confira o vídeo produzido por Planeta Azul.

 



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