Dieese
Entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, os desligamentos dos empregos celetistas por morte no Brasil cresceram 71,6%, passando de 13,2 mil para 22,6 mil, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Nas atividades de atenção à saúde humana, o aumento foi de 75,9%, saindo de 498 para 876. Entre enfermeiros e médicos, a ampliação chegou a 116,0% e 204,0%, respectivamente.
O Amazonas foi o estado com o maior crescimento percentual de desligamentos por morte: 437,7% – foram 114, no primeiro trimestre de 2020, e 613, no mesmo período de 2021. Em seguida, vêm outros três estados do Norte: Roraima, Rondônia e Acre. No estado de São Paulo, o mais populoso do País, o índice cresceu 76,4%, passando de 4,5 mil para 7,9 mil.
Entre o primeiro trimestre de 2020 e o mesmo trimestre de 2021, o crescimento relativo do número de desligamentos por morte no Amazonas (437,7%) foi três vezes maior do que o registrado no Brasil (71,6%). No mesmo período, os desligamentos por esse motivo nas atividades de atenção à saúde humana aumentaram 9,5 vezes naquela unidade da Federação, cinco vezes mais do que o observado nessas funções em todo o Brasil (75,9%) e quase duas vezes mais do que a expansão dos desligamentos por morte em todas as atividades econômicas daquele estado.
Entre profissionais de enfermagem (considerando auxiliares, técnicos e enfermeiros) e médicos no Amazonas aumentaram 11,0 vezes, ou 1.000%, passando de 1 para 11. No País, o aumento foi de 78,3%. O número também é maior do que o crescimento dos desligamentos totais no Amazonas.
Entre todas as atividades econômicas, as que apresentaram maior crescimento no número de desligamentos por morte estão: educação, com 106,7%, transporte, armazenagem e correio, com 95,2%, atividades administrativas e serviços complementares, com 78,7% e, saúde humana e serviços sociais (agregado), com 71,7%.
Confira no boletim Emprego em pauta nº 20 – maio de 2021 do Dieese clicando aqui.