Comunicação SEESP
O chamado “Plano de Contingência”, estratégia da companhia do Metrô quando os empregados precisam recorrer à paralisação para fazer valer seus direitos, representa risco aos trabalhadores e aos passageiros.
Isso porque os funcionários são obrigados a cumprir tarefas fora de suas atribuições, para as quais não foram treinados, em temerário desvio de função.
Ao tentar sabotar o esforço de mobilização das categorias profissionais por meio de artifício de caráter duvidoso, a medida fere regras de segurança numa atividade em que isso é absolutamente essencial.
Prova concreta dessa realidade foi o acidente que feriu gravemente um empregado durante a paralisação dos metroviários na quarta-feira (19/5). Acionado para o “Plano de Contingência”, ele se viu forçado a efetuar atividades sem treinamento e acabou sofrendo acidente que provocou fratura no quadril e exigirá cirurgia. Ainda, teve escoriações na cabeça e em outras partes do corpo.
Outro episódio lamentável, segundo relatos da categoria, aconteceu na estação Consolação. Uma passageira, uma senhora cadeirante, estava sendo conduzida por um agente de segurança quando teve a barra da saia presa na escada rolante. Por pouco e graças à intervenção da pessoa que a acompanhava, não houve um acidente gravíssimo.
Engenheiros reportaram também que trabalharam nas linhas de bloqueio sem treinamento adequado e na ausência de seguranças. Houve ainda alertas sobre engenheiros trabalhando diretamente com o público sem terem sido imunizados contra a Covid-19.
O SEESP manifesta, mais uma vez, seu total repúdio à adoção do Plano de Contingência pelo Metrô, especialmente à imposição de desvio de função aos empregados, e se opõem objetivamente à convocação dos engenheiros para essa medida inadequada.