Neste artigo, gestora do Oportunidades na Engenharia, do SEESP, relaciona 16 comportamentos buscados pelo mercado com relação ao que se entende como inteligência emocional no trabalho.
Alexandra Justo*
A inteligência emocional (IE) tem sido uma das soft skills mais solicitadas pelo mercado de trabalho, e uma das mais necessárias na vida pessoal e profissional. Ela é uma competência comportamental que se trata da harmonia e do equilíbrio de uma pessoa.
A IE é a capacidade de identificar e lidar com emoções e sentimentos os mais diversos, acionando os lados emocional e racional do cérebro. O objetivo é neutralizar ou minimizar, com mais facilidade, o impacto das emoções negativas. Essa articulação é benéfica na medida em que potencializa emoções positivas para alcançar resultados desejados, metas estipuladas, relações saudáveis e decisões que evitem arrependimentos por atos impulsivos desnecessários.
O mercado de trabalho ou os processos seletivos e de recrutamento buscam identificar alguns comportamentos que retratam se o candidato tem desenvolvida a inteligência emocional. Entre essas, vale destacar:
1. Autocontrole emocional. |
2. Resiliência. |
3. Saber trabalhar em equipe. |
4. Gostar de liderar, desenvolvendo e agregando pessoas. |
5. Gostar e saber ouvir. |
6. Ser positivo. |
7. Conseguir se adaptar a diversas realidades, mantendo os seus valores. |
8. Ser curioso. |
9. Saber respeitar o próximo. |
10. Fazer bom uso da comunicação |
11. Evitar se comparar com os demais. |
12. Conseguir trabalhar sob pressão. |
13. Ser otimista |
14. Se adaptar. |
15. Ser empático. |
16. Ser automotivado. |
O mercado de trabalho observa que o desenvolvimento desses comportamentos significará, para o ambiente laboral, corporativo e profissional, os seguintes benefícios: maior clareza nos objetivos, metas, ações e capacidade de tomada de decisão; mais comprometimento das metas definidas; melhor a administração do tempo e produtividade; mais responsabilidade e comprometimento; diminuição da ansiedade e estresse; aumento da empatia pelo outro e nos relacionamentos interpessoais; aumento da autoestima e autoconfiança; equilíbrio emocional; e melhor habilidade para liderar.
O pai da IE
O psicólogo Daniel Goleman, formado pela da Universidade de Harvard (EUA), reconhecido como “pai da inteligência emocional”, define a habilidade como uma “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”.
Em 2002, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) iniciou uma atividade global: a aprendizagem social e emocional baseada no trabalho de Goleman, a SEL (sigla em inglês para Social and Emotional Learning). A proposição foi encaminhada aos ministérios de educação de 140 países, nela foram relacionados 10 princípios para sua implementação, objetivando melhorar o ambiente acadêmico e assim atingindo as demais esferas da sociedade.
Por volta de 1995, Goleman apresenta os estudos sobre Quociente Emocional (QE) reunidos no livro “Inteligência Emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”. Imprescindível até hoje, reforçaria.
Habilidades
No modelo de inteligência emocional apresentado por Daniel Goleman, temos cinco aptidões que se relacionam, são elas:
1. Conhecer as próprias emoções – Aprender a reconhecer os sentimentos e quando ocorrem, a ouvir e conhecer os próprios sinais, assim como ter consciência das fortalezas, fraquezas e limitações. A ausência desta habilidade pode deixar as pessoas a mercê das emoções. Pessoas com esta habilidade são melhores “pilotos” de suas vidas.
2. Autoconhecimento emocional – Se apropriar dos sentimentos, desenvolver autoconsciência, buscar a capacidade de confortar-se. Buscar aliviar o estresse, a ansiedade, a tristeza, a irritabilidade que incapacita e luta contra os próprios sentimentos. Quando as emoções são bem trabalhadas, as pessoas se recompõem de forma mais rápida das situações que a vida apresenta.
3. Automotivação – Trata da análise dos sentimentos para depois decidir como almeja se comportar para atingir as metas definidas, para tanto, é necessário centrar emoção e conter a impulsividade. Para obter esses resultados, a iniciativa, perseverança e acima de tudo a resiliência precisam ser aprimoradas
4. Reconhecimento das emoções em outras pessoas – Trata-se da prática da empatia. Aprender a se colocar no lugar do outro, a reconhecer as emoções nas outras pessoas e assim compreender os comportamentos, permite a experiência da inclusão e do altruísmo.
5. Lidar com relacionamentos – Trata da interação com outros indivíduos, utilizando competências sociais. Lidar e gerir as emoções dos outros, criando um ambiente positivo para si e as pessoas ao seu redor. É imprescindível estar emocionalmente disponível, ser influente, persuasivo e realizar a gestão de conflitos.
* Gestora de Pessoas e da área de Oportunidades na Engenharia do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP). É mestre em Administração com enfoque em Gestão de Pessoas / MBA em Gestão e Desenvolvimento de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Bacharel em Serviço Social pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). Docente de Pós-Graduação e Ensino Superior em Gestão de Pessoas. Experiência no desenvolvimento das áreas de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. Certificação "Behavioral Analyst para Coaching Assessment" e Coaching Self and Business. Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..