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31/05/2021

Artigo - Inteligência emocional: habilidades buscadas pelo mercado de trabalho

Neste artigo, gestora do Oportunidades na Engenharia, do SEESP, relaciona 16 comportamentos buscados pelo mercado com relação ao que se entende como inteligência emocional no trabalho.

 

Alexandra Justo*

 

A inteligência emocional (IE) tem sido uma das soft skills mais solicitadas pelo mercado de trabalho, e uma das mais necessárias na vida pessoal e profissional. Ela é uma competência comportamental que se trata da harmonia e do equilíbrio de uma pessoa.

 

A IE é a capacidade de identificar e lidar com emoções e sentimentos os mais diversos, acionando os lados emocional e racional do cérebro. O objetivo é neutralizar ou minimizar, com mais facilidade, o impacto das emoções negativas. Essa articulação é benéfica na medida em que potencializa emoções positivas para alcançar resultados desejados, metas estipuladas, relações saudáveis e decisões que evitem arrependimentos por atos impulsivos desnecessários.

 

O mercado de trabalho ou os processos seletivos e de recrutamento buscam identificar alguns comportamentos que retratam se o candidato tem desenvolvida a inteligência emocional. Entre essas, vale destacar:

 

1. Autocontrole emocional.

2. Resiliência.

3. Saber trabalhar em equipe.

4. Gostar de liderar, desenvolvendo e agregando pessoas.

5. Gostar e saber ouvir.

6. Ser positivo.

7. Conseguir se adaptar a diversas realidades, mantendo os seus valores.

8. Ser curioso.

9. Saber respeitar o próximo.

10. Fazer bom uso da comunicação

11. Evitar se comparar com os demais.

12. Conseguir trabalhar sob pressão.

13. Ser otimista

14. Se adaptar.

15. Ser empático.

16. Ser automotivado.

 

O mercado de trabalho observa que o desenvolvimento desses comportamentos significará, para o ambiente laboral, corporativo e profissional, os seguintes benefícios: maior clareza nos objetivos, metas, ações e capacidade de tomada de decisão; mais comprometimento das metas definidas; melhor a administração do tempo e produtividade; mais responsabilidade e comprometimento; diminuição da ansiedade e estresse; aumento da empatia pelo outro e nos relacionamentos interpessoais; aumento da autoestima e autoconfiança; equilíbrio emocional; e melhor habilidade para liderar.


O pai da IE
O psicólogo Daniel Goleman, formado pela da Universidade de Harvard (EUA), reconhecido como “pai da inteligência emocional”, define a habilidade como uma “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”.

 

Em 2002, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) iniciou uma atividade global: a aprendizagem social e emocional baseada no trabalho de Goleman, a SEL (sigla em inglês para Social and Emotional Learning). A proposição foi encaminhada aos ministérios de educação de 140 países, nela foram relacionados 10 princípios para sua implementação, objetivando melhorar o ambiente acadêmico e assim atingindo as demais esferas da sociedade.

 

Por volta de 1995, Goleman apresenta os estudos sobre Quociente Emocional (QE) reunidos no livro “Inteligência Emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”. Imprescindível até hoje, reforçaria.

 

Habilidades
No modelo de inteligência emocional apresentado por Daniel Goleman, temos cinco aptidões que se relacionam, são elas:

1. Conhecer as próprias emoções – Aprender a reconhecer os sentimentos e quando ocorrem, a ouvir e conhecer os próprios sinais, assim como ter consciência das fortalezas, fraquezas e limitações. A ausência desta habilidade pode deixar as pessoas a mercê das emoções. Pessoas com esta habilidade são melhores “pilotos” de suas vidas.

2. Autoconhecimento emocional – Se apropriar dos sentimentos, desenvolver autoconsciência, buscar a capacidade de confortar-se. Buscar aliviar o estresse, a ansiedade, a tristeza, a irritabilidade que incapacita e luta contra os próprios sentimentos. Quando as emoções são bem trabalhadas, as pessoas se recompõem de forma mais rápida das situações que a vida apresenta.
3. Automotivação – Trata da análise dos sentimentos para depois decidir como almeja se comportar para atingir as metas definidas, para tanto, é necessário centrar emoção e conter a impulsividade. Para obter esses resultados, a iniciativa, perseverança e acima de tudo a resiliência precisam ser aprimoradas
4. Reconhecimento das emoções em outras pessoas – Trata-se da prática da empatia. Aprender a se colocar no lugar do outro, a reconhecer as emoções nas outras pessoas e assim compreender os comportamentos, permite a experiência da inclusão e do altruísmo.
5. Lidar com relacionamentos – Trata da interação com outros indivíduos, utilizando competências sociais. Lidar e gerir as emoções dos outros, criando um ambiente positivo para si e as pessoas ao seu redor. É imprescindível estar emocionalmente disponível, ser influente, persuasivo e realizar a gestão de conflitos.


200 Alê artigo* Gestora de Pessoas e da área de Oportunidades na Engenharia do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP). É mestre em Administração com enfoque em Gestão de Pessoas / MBA em Gestão e Desenvolvimento de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Bacharel em Serviço Social pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). Docente de Pós-Graduação e Ensino Superior em Gestão de Pessoas. Experiência no desenvolvimento das áreas de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. Certificação "Behavioral Analyst para Coaching Assessment" e Coaching Self and Business. Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

 

 

 

 

 

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