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15/06/2021

Trabalhadores farão greve contra privatização da Eletrobras

Comunicação SEESP
Com Agência Sindical


Mais de 12 mil eletricitários farão greve de 72 horas, a partir desta terça (15), contra a privatização da Eletrobras. A Medida Provisória 1.031, que privatiza a empresa, deve ser votada no Senado na quarta. Os engenheiros, por meio da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), estão mobilizados no Senado para que a MP não seja levada a voto.

greve eletrobras

 

"O governo e o parlamento têm o dever de prestar contas à cidadania brasileira sobre seus atos. Não têm mandato para promover ações de forma açodada sem informar adequadamente o que significam; pelo contrário, foram eleitos para servir à população, trabalhando pelo interesse público, declarou Murilo Pinheiro, presidente da FNE, em artigo recentemente publicado.


No mesmo texto, Murilo lembra o compromisso dos senadores com os eleitores. "Aos técnicos do setor, ao movimento sindical, à sociedade organizada cabe mobilização para que essa MP não prospere. Aqueles que defendem a privatização da Eletrobras devem estar dispostos a discutir a proposta de forma aberta e democrática", completou.


O presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e dirigente da Força Sindical, Eduardo Annunciato, o Chicão,adiantou à Agência Sindical: “Os trabalhadores não farão troca de turnos e todas as atividades programadas estão suspensas”.

 

A paralisação enfraquecerá o sistema, mas não cortará a energia. Serão afetados apenas o atendimento de manutenção preventiva e o programado. Cerca de 70% dos trabalhadores da Eletrobras atuam na manutenção e operação do sistema.

Os eletricitários pedem imediata suspensão da MP 1.031. Para a categoria, as consequências econômicas e sociais da privatização não foram explicadas à sociedade. O presidente do Sindicato alerta: “Quando o serviço é privado, o lucro vai pro acionista e a conta fica nas costas da população. Encarecerá o custo industrial também”.

 

A conta de luz deve ficar até 20% mais cara às famílias e empresas. Além disso, há risco de apagões, como houve depois que privatizaram a Companhia de Eletricidade do Amapá.


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