A confirmação de que a variante delta da Covid-19 já está circulando no Estado de São Paulo exige um reforço das medidas de proteção nos canteiros de obras. É o que recomendam o Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP) e o Serviço Social da Construção (Seconci-SP).
“Os trabalhadores devem ser informados de que a variante é mais transmissível e pode infectar inclusive quem já teve a doença. Devem ser orientados a não ir ao trabalho se sentirem sintomas como os da gripe e procurar atendimento médico. Precisam usar corretamente as máscaras nas obras e nos trajetos, lavar frequentemente as mãos, manter distanciamento físico e vacinar-se quando chegar a vez deles”, afirmam Yorki Estefan, presidente interino do SindusCon-SP, e Haruo Ishikawa, presidente do Seconci-SP.
As duas entidades têm mapeado semanalmente a situação nas obras no Estado em meio à pandemia de Covid-19. A última pesquisa revela que a contaminação segue reduzida, não obstante tenha havido ligeira elevação nos casos confirmados: de 0,13% para 0,15% do contingente de trabalhadores. Os suspeitos se mantiveram em 0,29%. Pela 11ª semana consecutiva, não se registraram óbitos entre as empresas pesquisadas. Dois trabalhadores estavam em internação hospitalar.
Situação nos canteiros
Os dados foram apurados pela 59ª Pesquisa “Conhecendo as Ações das Construtoras Paulistas no Combate à Covid-19”, em que foram obtidas respostas de 50 empresas, responsáveis por 578 obras, envolvendo 39.145 empregos diretos e terceirizados, entre os dias 1º. e 7 deste mês. Todos os empreendimentos estão em andamento e 98% do pessoal, em atividade.
Além das informações sobre casos suspeitos ou confirmados de Covid-19, o levantamento revelou que:
·100% das empresas adotam medição de temperatura e higienização das mãos, dão orientações diárias sobre prevenção, higienizam e realizam demarcações em áreas de vivência;
· 98% orientam sobre limpeza dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e afixam informativos impressos sobre a Covid-19 nos locais de circulação;
· 94% fornecem máscaras para o transporte e para utilização na obra, realizam limpeza de EPIs e ferramentas e instituem horários escalonados para entrada, saída e refeições;
· 88% divulgam aos trabalhadores cartazes e vídeos de orientação do Sinduscon-SP e do Seconci-SP e realizam outras práticas para a prevenção da contaminação entre os trabalhadores e a comunidade;
· 83% distribuem informativos eletrônicos sobre a Covid-19.
Confira os dados de pesquisas anteriores aqui.
* Com informações do site do Sinduscon-SP (jornalista Rafael Marko)