Soraya Misleh/Comunicação SEESP
Você voaria num carro voador? É o que quer saber o professor-doutor da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie Dario Rais Lopes. Para tanto, juntamente com o professor-doutor do Departamento de Ciências Aeroespaciais da Universidade da Beira Interior Jorge Miguel dos Reis Silva, está conduzindo a partir desta semana uma pesquisa de aceitação junto aos habitantes da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), com o apoio do SEESP. A perspectiva é de ter uma amostragem em 30 dias. Na sequência, os resultados serão avaliados. A intenção é divulgá-los ainda no segundo semestre de 2021.
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O carro voador que povoava o imaginário há algumas décadas a partir do desenho animado Os Jetsons agora está de fato próximo de se tornar realidade também para os brasileiros. É inovação, engenharia e tecnologia a serviço de alternativas para a mobilidade urbana. Dario Rais explica que a Embraer está desenvolvendo no momento seu próprio projeto, na linha dos chamados eVTOL (Vertical Take-Off and Landing, em português Veículo elétrico de Pouso e Decolagem Vertical) –, somando-se assim a mais de 80 iniciativas em andamento mundo afora, algumas em implantação na Europa e em cidades dos Estados Unidos.
No site da Embraer, é detalhado o projeto, apresentado inicialmente no ano de 2018 em evento na cidade de Los Angeles, nos EUA, que já contou com a experiência de um primeiro voo recentemente. Combina “inovação disruptiva e uma filosofia de design centrada no usuário, juntamente com os mais altos níveis de padrões de segurança e os 50 anos de excelência em engenharia” da empresa.
Utiliza, segundo divulga, cabine universal “cocriada com a contribuição de usuários que representam todos os tipos de perfis e necessidades; garantindo acessibilidade para todos. Ainda, o sistema de quinta geração garante “base para avanços na automação que permitirão que nossas aeronaves evoluam do voo inicialmente pilotado para um futuro totalmente autônomo”.
Além dos drones para transporte de cargas, a projeção, informa Dario Rais, é que a partir de 2025 esses serviços estejam disponíveis comercialmente a usuários. O salto deve se dar aproximadamente cinco anos depois, com o começo das operações autônomas no Brasil.
O professor da Universidade Mackenzie reúne mais de 40 anos de experiência na área, tendo ocupado vários cargos públicos, entre os quais de secretário dos Transportes em São José dos Campos, no Estado de São Paulo e junto ao Ministério das Cidades. Ele apresenta alguns dos benefícios do carro voador, para além de desafogar o trânsito nas vias públicas e melhorar a qualidade do deslocamento: “São veículos a propulsão elétrica, o que é ambientalmente muito mais amigável, garantindo menos ruído, menos impacto. Muito melhor que um helicóptero e a um custo que se aproximaria ao de uma corrida de táxi”, enfatiza.
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