Comunicação SEESP
Os servidores públicos do município de São Paulo realizaram ato unificado em frente à Câmara dos Vereadores, na tarde da quarta-feira (13/10), contra a reforma da Previdência da categoria, prevista no Projeto de Emenda à Lei Orgânica (PLO) 07/2021, chamado de Sampaprev 2. A matéria precisa passar por duas votações na Casa, a primeira prevista para esta quinta (14/10).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do município (Sindsep), a manifestação reuniu mais de 30 mil servidores que deliberaram por um novo ato no dia 20 de outubro. Se até lá o PLO não for retirado da pauta, conforme afirma o assessor sindical do SEESP, Carlos Hannickel, será votada em assembleia a possibilidade de greve.
“O governo está jogando pesado para que o projeto seja aprovado a toque de caixa. Por isso, é fundamental que os engenheiros da Prefeitura e todos os servidores acompanhem a mobilização”, afirma Hannickel.
A mobilização unitária abrange ainda gestões junto aos parlamentares para derrubar o PL. Participam todas as organizações representativas das categorias de servidores municipais, incluindo o SEESP, agrupadas no Fórum das Entidades Sindicais.
Arrocho salarial
Sob a justificativa de déficit no sistema de Previdência municipal, a matéria aumenta a cobrança para 14% e a idade de acesso à aposentadoria. Somado à falta de reajuste, a categoria classifica a medida como arrocho salarial.
Em matéria do portal da Câmara, a vereadora Juliana Cardoso (PT) considera que o aumento do desconto nos salários não é necessário, já que existem outras formas de arrecadar recursos para suprimir o déficit. “Tem que tributar as grandes empresas e os grandes bancos, que devem horrores para a Prefeitura. Só com esses recursos já resolveria”, defende ela.