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23/11/2021

Engenharia elétrica: protagonismo no desenvolvimento econômico

Neste 23 de novembro celebra-se o Dia do Engenheiro Eletricista.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Oportunidades na Engenharia

 

Alexandre Rocco Unisanta 400Alexandre Rocco, coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Unisanta. Crédito: Acervo pessoal.A engenharia elétrica, no Brasil, surgiu no início do século XX para atender demandas relacionadas à eletrificação de centros urbanos, na evolução industrial com a utilização da eletricidade de forma abrangente nos processos produtivos, na tração elétrica em substituição ao vapor e, de forma geral, no atendimento aos requisitos energéticos relacionados às condições de conforto da sociedade moderna com larga utilização e desenvolvimento de eletrodomésticos, por exemplo. Quem fornece as informações é o professor Alexandre Rocco, coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Santa Cecília (Unisanta), em Santos, no litoral paulista.

 

Uma atividade, portanto, diretamente conectada ao desenvolvimento tecnológico da sociedade. Para tanto, observa o docente, entendeu-se a necessidade “da capacitação de profissionais para o planejamento de redes elétricas, projeto, operação e manutenção de instalações industriais e de transmissão e de distribuição de energia elétrica, bem como de usinas geradoras, ferrovias, equipamentos industriais e eletrodomésticos”. E esse profissional, orgulha-se Rocco, atende pelo nome de engenheiro eletricista.

 

O Brasil tem, atualmente, segundo estatísticas dos conselhos federal e regionais de engenharia (Sistema Confea-Creas), 107.890 profissionais da área, sendo 99.643 homens e 8.247 mulheres.

 

Evolução constante
Rocco assevera que é uma profissão em evolução permanente, pois as mudanças tecnológicas não param. Diante de um mundo que precisa ter mais atenção à sustentabilidade, a engenharia elétrica também aparece para ajudar na “integração de novas fontes de energia renováveis às redes existentes”. É uma área técnica que também está em novos sistemas de controle e automação, digitalização de processos e equipamentos e para atender novas demandas de mercado e regulação da oferta e consumo de energia elétrica. Por isso, arremata: “O engenheiro eletricista está total e permanentemente alinhado às necessidades de infraestrutura e desenvolvimento tecnológico relacionados ao crescimento econômico do País.”

 

Matheus Alves Santana passou no vestibular para o curso da Unisanta, em 2019, aos 18 anos de idade. Hoje, já no terceiro ano, afirma que escolheu a profissão por gostar de ciência e que seu interesse foi despertado durante curso técnico, onde teve “contato direto com equipamentos e sistemas industriais da área elétrica, como motores, CLP [controlador lógico programável utilizado na indústria e em controles de máquinas e processos], Arduino [plataforma de prototipagem open source de computação física], contatores, elétrica predial”.

 

Mercado de trabalho
O coordenador da graduação da Unisanta afirma que a profissão tem um vasto mercado de trabalho, no País e em outros países, por conta de sua atuação em adequação de infraestrutura e modernização tecnológica contínua de equipamentos e sistemas elétricos demandados pela sociedade. Ele explica: “É um profissional demandado para o desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas à aplicação da eletricidade, projetos de instalações em diferentes níveis de tensão, análise e estudos elétricos, manutenção industrial, projetos de instalações elétricas comerciais e industriais.”

 

Além disso, prossegue Rocco, é uma área técnica que planeja a execução de manutenção e expansão em equipamentos e sistemas elétricos, “estamos, também, na construção, na análise e na aprovação de novas instalações”. Para ser mais explícito, o professor relacionou os principais campos de atuação: geração de energia elétrica; transmissão de energia elétrica; distribuição de energia elétrica; consumo industrial, comercial e residencial; tração e mobilidade elétrica; automação de processos e sistemas; implantação de soluções de suprimento de energia elétrica; segurança de sistemas elétricos e equipamentos; empresas de projeto e consultoria de análise de soluções elétricas; e pesquisa, desenvolvimento e inovação relacionados a soluções de energia elétrica em empresas de base tecnológica.

 

Profissão protagonista
Matheus Alves Unisanta 400Matheus Alves Santana, estudante de Engenharia elétrica da Unisanta. Crédito: Acervo pessoal.Com todos esses campos, Rocco ressalta que a modalidade é grande protagonista do desenvolvimento industrial do Brasil garantindo o suprimento de energia elétrica de forma confiável e segura. “Estamos ligados diretamente ao desenvolvimento econômico e social de um país, seja na participação do crescimento da infraestrutura do mercado de energia elétrica sob a perspectiva de gerar, transmitir e distribuir a energia elétrica de forma adequada e segura”.

 

Santana já se projeta atuando na profissão na área de manutenção, “melhorando e liderando processos de engenharia”, por isso, o seu estágio foi realizado numa organização não governamental (ONG) com foco na eficiência energética. Segundo o discente, o estágio foi fundamental para colocar na prática o que aprende em sala de aula, lhe ajudou a trabalhar em equipe e a conhecer processos administrativos importantes, como a parte de gestão e comunicação interna via e-mails e outros recursos. “Consegui melhorar nas relações interpessoais e compreender a parte de hierarquia, gestão”, afirma. O nosso estudante quer seguir nos estudos, assim que terminar a graduação, pois pretender ser, futuramente, professor.

 

Engenheiro do futuro
A Unisanta, diz Rocco, desenvolve a formação do futuro engenheiro eletricista por meio de uma grade curricular adequada às novas demandas relacionadas à geração e suprimento de energia elétrica. O curso tem por base, explica o docente, os desafios tecnológicos da área e a necessária formação conceitual e experimental “levando em conta os condicionantes ambientais e sociais relacionados bem como a imersão do futuro profissional em um ambiente de inovação tecnológica sintonizado aos aspectos humanísticos e da aplicação prática das soluções”, indica. Por isso, acrescenta, “na sala de aula, o estudante é estimulado pelo docente em discussões que envolvem, de forma complementar, aspectos profissionais, técnicos, éticos e humanísticos”.

 

O aluno de engenharia elétrica da Unisanta tem a oportunidade de participar da elaboração de projetos específicos e transversais envolvendo diversas disciplinas do curso com adequada carga de atividades em laboratórios como os de proteção de sistemas elétricos, máquinas elétricas, sistemas de potência etc. “Ele participa de visitas técnicas a empresas da área elétrica, desenvolve e apresenta à comunidade os projetos de conclusão de curso direcionados às demandas da área, participa de atividades de iniciação científica e de projetos de P&D [Pesquisa e Desenvolvimento] desenvolvidos pelos docentes do curso”, informa o professor.

 

Você sabia que o SEESP oferece:

I - Orientação à carreira
O SEESP mantém a área Oportunidades na Engenharia que atende estudantes e profissionais da área na parte de orientação à carreira, com diversas ações, entre elas: atendimento personalizado (serviço exclusivo para estudantes e profissionais associados ao SEESP) com análise de currículo, orientação de LinkedIn, simulação de entrevista, dicas atuais sobre processos seletivos online e presenciais, elaboração de trilha de carreira e de estudo etc. O setor mantém, ainda, plataforma de divulgação de vagas de estágio e outras oportunidades; cadastro de autônomos; conteúdos atualizados sobre mercado de trabalho; noções gerais de redação e português.  Para auxiliar estudantes e engenheiros na hora de formatação do currículo, também tem o Mapa da profissão, com informações de legislação, mercado, palavras-chave para cada modalidade da engenharia etc..

II - Associação para os estudantes
O estudante de Engenharia também pode se associar ao SEESP e usufruir de diversos benefícios, inclusive de desconto na mensalidade da faculdade, caso esta seja conveniada ao sindicato. Saiba mais aqui.


III - Núcleo Jovem Engenheiro
Foi criado um espaço bem bacana para os estudantes e recém-formados na área para discutir questões específicas. É o Núcleo Jovem Engenheiro, saiba como participar, clicando aqui.

 

Engenharia elétrica - Raio-X

Formação de profissionais para atuar no desenvolvimento e integração de sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Em sua atividade, otimiza, projeta, instala, mantém e opera sistemas, instalações, equipamentos e dispositivos eletroeletrônicos. Projeta sistemas de medição e de instrumentação eletroeletrônica, de acionamentos de máquinas; sistemas de iluminação, de proteção contra descargas atmosféricas e de aterramento. Especifica máquinas, equipamentos, materiais, componentes e dispositivos eletromecânicos e eletromagnéticos. Elabora projetos e estudos de eficiência energética e de fontes de energia renovável. Coordena e supervisiona equipes de trabalho; realiza pesquisa científica e tecnológica e estudos de viabilidade técnico-econômica; executa e fiscaliza obras e serviços técnicos; efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em sua atuação, considera a ética, a segurança e os impactos socioambientais.

Carga mínima do curso – 3.600 horas

Estágio – Obrigatório (Lei 11.788/2008)

Temas abordados na formação – Eletricidade; Circuitos Elétricos; Eletromagnetismo; Materiais Elétricos; Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; Análise, Modelagem e Simulação de Sistemas Elétricos; Matriz e Eficiência Energética; Qualidade de Energia; Medidas Elétricas; Instalações Elétricas; Conversão de Energia; Máquinas Elétricas; Acionamento, Comando e Proteção de Máquinas e Circuitos Elétricos; Eletrônica Analógica e Digital; Eletrônica de Potência; Instrumentação Eletroeletrônica; Computadores e Programação Aplicada; Controle e Automação de Processos; Controladores Lógicos Programáveis; Sensores e Atuadores Industriais; Sistemas de Aquisição de Dados; Comunicação de Dados; Sistemas e Redes de Telecomunicações; Matemática; Física; Química; Ética e Meio Ambiente; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Relações Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS).

Áreas de atuação –  Indústrias de transformação em geral, em empresas e concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica; em indústrias de máquinas e equipamentos elétricos; em empresas que atuam no projeto, instalação e manutenção de sistemas elétricos industriais; em empresas que atuam nas áreas de planejamento e consultoria em eficiência energética, conservação de energia, fontes de energia renovável; nos órgãos reguladores do sistema elétrico nacional; em empresas e laboratórios de pesquisa científica e tecnológica. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria.

Piso salarial – A engenharia, independente da modalidade, é uma profissão que tem piso salarial definido pela Lei 4.950-A/66.

Fonte: Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação

 

 

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