Comunicação SEESP
Abrindo o ciclo de debates “A engenharia, o Estado e o País”, o pré-candidato à Presidência da República Aldo Rebelo, ainda sem partido, pontuou, nesta quinta-feira (24/2), os três eixos de seu programa de gestão: retomar o crescimento econômico, reduzir as desigualdades e valorizar a democracia no País. A atividade foi transmitida online pelos canais do Youtube e Facebook do sindicato, sob coordenação de seu presidente, Murilo Pinheiro.
Iniciativa já tradicional do SEESP em anos eleitorais, o evento, como sempre, se pautará por critérios democráticos, incluindo o convite a pré-candidatos de todos os partidos (e mesmo a quem se apresenta como concorrente, mas ainda não definiu uma legenda), independentemente de representação no Congresso Nacional. Os eventos serão programados até setembro.
Aldo Rebelo é jornalista e ex-ministro de Estado de quatro pastas, além de ex-deputado e ex-vereador. Ele iniciou sua preleção destacando o “momento de tensão no mundo, principalmente na Europa, com a invasão da Ucrânia pela Rússia”. Como uma das repercussões no Brasil, observou a alta ainda maior do preço do petróleo em meio à crise.
Em cenário complexo e de polarização eleitoral, apresentou sua pré-candidatura como uma espécie de terceira via, resultado de “decisão coletiva de um grupo de amigos, sindicalistas, militares da reserva, agricultores, empresários, trabalhadores”.
Ele observou que suas ideias constam do livro de sua autoria “O quinto movimento: propostas para uma construção inacabada” (Jornal Já Editora). Lançada no ano passado, a publicação discute propostas a um projeto de desenvolvimento, dentro de uma visão que classifica como “patriótica, nacionalista, confiante, otimista e ao mesmo tempo crítica de nossas mazelas e dificuldades”.
Sob esse horizonte, propugna a retomada do crescimento com um “choque de investimento privado” em infraestrutura, focado na agricultura, agroindústria e mineração. “O processo de reindustrialização, mais lento, é a terceira fronteira”, frisou.
O pré-candidato defendeu ainda retomar a construção de ferrovias. “Em 1914 tínhamos 28 mil quilômetros no Brasil. Entre 1908 e 1914 construímos 1.250km por ano. Hoje temos 29 mil quilômetros. Só regredimos. É uma tragédia nacional. Precisamos de um país que recupere sua capacidade de investimento em infraestrutura”, destacou. E complementou: “Não existe engenharia nacional sem desenvolvimento e vice-versa.”
Debate
Além de Murilo Pinheiro, participaram do debate com Aldo Rebelo os diretores do SEESP José Manoel Teixeira, Celso Atienza, Fernando Palmezan Neto e Emiliano Stanislau Affonso Neto. Eles abordaram questões fundamentais como educação, mobilidade urbana e transporte público, investimento em ciência e tecnologia, necessidade de planejamento e reforma trabalhista. Sobre esta última, o pré-candidato destacou que a promessa de gerar empregos não se realizou. “Estamos tratando de um processo de precarização do trabalho, em que não se têm direitos, contrata-se temporariamente sem garantias.”
Assim, como acrescentou, “ricos acumulam US$ 2 trilhões em meio a pandemia, enquanto pobres, assalariados e classe média perdem renda”. E a reforma trabalhista, observou Aldo Rebelo, ainda desarticulou a capacidade de reação dos trabalhadores, ao golpear o movimento sindical.
Palmezan, que é coordenador do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, iniciativa da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) com a adesão do SEESP, enfatizou que o documento reúne propostas ao crescimento e desenvolvimento do País. “É uma plataforma, uma reunião da inteligência que pode apontar caminhos ao Brasil crescer”, elogiou o pré-candidato.
Murilo, ao final, colocou à disposição de Aldo a expertise e as elaborações dos engenheiros reunidas no “Cresce Brasil como contribuições ao programa de gestão, rumo ao “país que todos almejamos”.
Confira o ciclo “A engenharia, o Estado e o País” com a presença de Aldo Rebelo na íntegra: