Comunicação SEESP*
Em Boletim de Conjuntura de fevereiro e março, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aborda a tensão geopolítica global que pesa sobre a já difícil conjuntura do Brasil.
A tensão na Ucrânia – que enfrenta o avanço das tropas russas há 19 dias – se desenrola em um momento em que a maioria das grandes economias vem sendo afetada pela elevação da inflação, conforme destaca o Dieese.
Nesse meio-tempo, o Brasil segue com economia estagnada, aumento do desemprego e expansão da pobreza. “No período de 2019 a 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentará um crescimento médio de 0,5% ao ano (se se confirmar o crescimento estimado pelo Banco Central de 0,3% para 2022.) Esse desempenho só será melhor do que o verificado no período do governo Temer, entre 2016 e 2018, em que a economia recuou 0,13% ao ano, em média”, avalia a entidade.
Esse desajuste geral do País, aponta o Dieese, “possibilitou que a Câmara dos Deputados, aprovasse o chamado Pacote do veneno (Projeto de Lei 6.299/2002), antiga demanda do agronegócio para desregulamentar e intensificar ainda mais o uso de agrotóxicos no Brasil”, entre outras medidas nefastas.
Para enfrentar essa conjuntura, conforme destacado no boletim, é que as centrais sindicais organizam nova Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) – em 7 de abril próximo –, com o lançamento de pauta unitária “que apresenta um conjunto de propostas que espelham o modelo de desenvolvimento necessário para o Brasil gerar empregos de qualidade, crescimento dos salários, proteção dos direitos trabalhistas, combate às desigualdades, proteções sociais e previdenciárias, a defesa da democracia, da soberania e da vida”.
Leia o Boletim Conjuntura fevereiro/março na íntegra
*Com informações do Dieese.