Agência Sindical
Força Sindical, CUT, UGT, CTB e Nova Central comandaram na terça-feira (14/6) protesto junto ao Banco Central, na capital paulista, pela redução na taxa básica de juros – Selic. Os organizadores levaram ao ato carrinhos de pipoca pra distribuir aos populares, “a fim de protestar contra um governo que vacila em buscar soluções para os juros altos, desemprego, fome, carestia e a inflação”.
Ato ocorreu no dia em que o Comitê de Política Monetária começa a discutir eventual nova taxa de juros. A Selic saltou de 2% em março de 2021 pra 12,75%.
Os oradores criticaram a política econômica. Ricardo Oliveira, dos Metalúrgicos de Guarulhos, afirma: “Se o governo não muda, o povo deve mudar de governo”.
Para o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves (Juruna), o sindicalismo chama atenção para o fato de que, quando o juro sobe, aumentam os preços, cai o consumo e o desemprego avança. E mais: “Devemos dar nossa resposta nas urnas e eleger um governo que se importe com o povo. Hoje quem pode é Lula”.
Segundo Sérgio Nobre, presidente da CUT, a cada 1% a mais na taxa de juros R$ 40 bi são transferidos dos pobres pro sistema financeiro. “Esse ato é contra Bolsonaro e um governo de destruição”. Pela CTB, falou Renê Vicente, que criticou a política neoliberal atual. “Governo dos ricos e contra a maioria pobre”, sintetiza.
Ricardo Patah, presidente da UGT, defende “conscientizar a classe trabalhadora de que é preciso mudar os rumos do Brasil”. Para ele, “o governo só valoriza o mercado e não enxerga o desempregado e o povo pobre”. A solução passa pela eleição de Lula, argumenta.
Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente estadual da NCST em SP, criticou a política governamental, que, para ele, estimula o patronato a aumentar o arrocho e atacar direitos.