Agência Sindical
Na democracia, quem ganha comemora. Quem perde avalia os motivos da derrota e parte pra outra. Mas essa regra não tem sido seguida por caminhoneiros bolsonaristas e agregados, que fecham estradas, em desafio ao resultado das urnas e à lei.
O trancamento de rodovias e acesso a terminais ou a aeroportos extrapola o direito de contestar. Em muitos casos, a mão oculta do patronato maneja manifestantes, promovendo locaute, e locaute é crime.
A rebelião de derrotados acende o sinal amarelo das centrais sindicais e elas se manifestam em nota, que diz: “Reafirmamos a defesa da democracia e do legítimo processo eleitoral de 30 de outubro, que elegeu Lula para a Presidência da República”.
Para as entidades, “o segundo turno ficará marcado na história como o momento em que a democracia, a busca pela paz, pela justiça social e a normalidade política retornam pela vontade soberana do povo”.
“As eleições em todo Brasil foram legítimas, transparentes e reconhecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Todos devem se submeter à vontade soberana do eleitorado”, afirma o texto. E prossegue: “Não aceitamos que setores isolados do bolsonarismo tentem, de modo golpista e antidemocrático, submeter a sociedade com tumultos e bloqueios de rodovias”.
Para as centrais sindicais, “é inaceitável e criminosa a posição adotada por setores partidarizados dos órgãos de segurança – em especial da Polícia Rodoviária Federal – que prevaricam no cumprimento de suas funções e obrigações legais”.
O sindicalismo conclama governos e instituições democráticas a adotar providências para o retorno da normalidade, respeito à democracia e ao resultado eleitoral”.
A nota conclui: “O movimento sindical não aceita provocações e reforça a importância do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal na busca de soluções republicanas. Estaremos vigilantes pra garantir respeito à democracia e ao resultado das eleições”.
