Agência Sindical
Em reunião de duas horas, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu na quinta-feira (1º/12), em Brasília, delegação das centrais sindicais, com seus presidentes e outros dirigentes convidados.
O encontro ocorreu no Centro Cultural Banco do Brasil, local de trabalho do Grupo de Transição, que cuida de fazer um Raio-X da situação do País, para futuros encaminhamentos administrativos ou políticos do governo que assume em 1º de janeiro.
Lula, embora precise poupar a garganta devido a recente cirurgia, falou cerca de uma hora. “Ouvir Lula é sempre um aprendizado”, observa Moacyr Roberto Tesch Auersvald, presidente em exercício da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
Auersvald, que é dirigente do setor de hotéis e similares, descreve o Lula do encontro: “O presidente estava muito disposto e alegre. Mas também muito concentrado nas tarefas e responsabilidades pela frente, e ele sabe que elas são graves.” Para o sindicalista, Lula tem claro que sua missão “é ajudar e melhorar a vida dos brasileiros”. E completa: “Foi por isso que nós o apoiamos, em peso”.
Propostas
As centrais que integram o GT do Trabalho, na transição, vão entregar o documento de avaliação e propostas, entre as quais a política de aumento real pro salário mínimo. O dirigente da NCST também destaca a importância do Ministério do Trabalho. E ressalva: “Não basta só recriar a pasta. É preciso dotar de recursos suficientes, equipe e meios pra que o ministério tenha real peso e força”.
Não foram cogitadas indicações para um futuro ministério ou a outros postos. Auersvald ressalva que essa é atribuição de Lula e da frente partidária composta nas eleições. “O sindicalismo vai apoiar, baseado na nossa pauta, que já é de conhecimento do próprio Lula”, afirma.