Jéssica Silva/ Comunicação SEESP

Nesta segunda-feira (6/3), o SEESP sediou evento de lançamento da nova edição do projeto “Cresce Brasil +Engenharia +Desenvolvimento”. Intitulada como “Hora de avançar”, a publicação apresenta propostas para retomada do desenvolvimento do País em diversos setores da economia, com base em notas e avaliações técnicas de especialistas de cada área.

O presidente do SEESP e da FNE, Murilo Pinheiro, durante sua fala na solenidade. Fotos: Beatriz Arruda/FNE.Esta é a 10ª edição do projeto da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), iniciado em 2006, que conta com o apoio dos seus 18 sindicatos filiados, entre eles o SEESP. “Nós estamos discutindo energia, saneamento, meio ambiente, educação, habitação, tecnologia, transportes. Nós apresentamos propostas factíveis para o crescimento e desenvolvimento do País”, afirmou o presidente da FNE e do SEESP, Murilo Pinheiro, na abertura do evento.

O projeto atende não apenas a área técnica, conforme ele salientou, o Cresce Brasil – Hora de avançar “pensa no cidadão, discute a nação pensando num Brasil melhor, com mais oportunidades, um Brasil que todos nós esperamos”.

Murilo convocou todos os presentes – autoridades, lideranças, representantes da academia, indústria, parlamentares, associações e público geral – a discutir o projeto. “Entendemos perfeitamente que é o momento de dar uma alavancada neste país, um momento de esperança”, ressaltou.

Durante a solenidade, a FNE prestou homenagem ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que compunha a mesa de abertura, em reconhecimento a história de competência e dedicação à melhoria de vida da população brasileira e trabalho pelo desenvolvimento nacional.

Vice-presidente Geraldo Alckmin é homenageado durante evento da FNE.

Familiarizado à casa que frequentou em diversos debates quando ocupava a cadeira de governador do Estado de São Paulo, Alckmin iniciou sua fala destacando as consequências de um mundo desigual, com aumento da pobreza e da migração ocasionada pela busca de uma vida melhor. “Desenvolvimento inclusivo, sustentabilidade e estabilidade, esse é o nosso desafio”, frisou.

Para isso, destacou a importância de áreas como educação, citando a necessidade de trabalhar a educação básica de qualidade e o plano do governo federal de ampliar o ensino integral e técnico; e a de pesquisa e desenvolvimento.

“O Brasil tem uma indústria aeronáutica de ponta”, referiu-se à Embraer o vice-presidente. Para avançar no campo industrial, em suas palavras, a atuação da “engenharia, pesquisa e desenvolvimento é central”.

Assim, para incentivar a produção nacional, Alckmin afirmou que será diminuído o prazo de marcas e patentes, por meio do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), que pertence à Pasta que o vice-presidente comanda.

“A indústria que representava 22% do PIB, hoje é 10%. Nós estamos desindustrializando. Esse é um fenômeno mundial dos países mais ricos. Mas nós estamos tendo uma desindustrialização precoce, somos um país em desenvolvimento. Precisamos ter uma agenda de competitividade”, destacou Alckmin.

Vice-presidente da República fala sobre reforma tributária, reindustrialização e desenvolvimento em evento dos engenheiros.Nesse sentido declarou: “temos que fazer a reforma tributária”, voltada à simplificação dos impostos e eficiência econômica, conforme frisou. “Precisa tirar cunha fiscal, baratear o acesso ao capital para as pessoas poderem investir”, disse.

O vice-presidente também falou sobre o aumento de recursos para o programa Minha Casa, Minha Vida, que vai ao encontro da proposta abordada no projeto Cresce Brasil, na seção sobre habitação. “O presidente Lula passou de R$ 82 milhões para R$ 10,4 bilhões”, contou.

Outro ponto destacado por Alckmin relacionado ao projeto da FNE foi o de ações para conter as mudanças climáticas e transição de matriz energética por fontes limpas. Ainda, os desafios da mobilidade urbana, em que ressaltou a necessária integração dos modais rodoviários, ferroviários e até de hidrovias.

Ele trouxe à discussão o comércio intrarregional, com países da América do Sul, e atuação do Estado como agente investidor da exportação de produtos com valor agregado. “Se não existisse o BNDES, a Embraer não existiria”.

Confira a abertura do evento de lançamento do novo Cresce Brasil na íntegra:

Contribuição

A primeira edição do projeto “Cresce Brasil”, de 2006, foi base de inúmeras propostas incluídas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em 2007 pelo Governo Federal, durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“É fundamental que todos nós ajudemos o País”, destacou o presidente Murilo no evento, reforçando a contribuição dos engenheiros na mais nova edição do projeto. “A engenharia está presente em tudo, nós estamos ajudando a sociedade como um todo. Discutir o crescimento e desenvolvimento é qualidade de vida, oportunidade de trabalho, é finalizar as obras paradas”, declarou.

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