Agência Sindical
Na segunda-feira passada (13/3), o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou a redução dos juros do crédito consignado de 2,14% para 1,70% ao mês. Logo depois, vários bancos suspenderam a modalidade de empréstimo. Entre eles, os privados Bradesco, Itaú, C6 Bank; e os públicos, Caixa e Banco do Brasil.
As centrais sindicais reagiram. Nota divulgada sexta-feira (17/3) condena a chantagem. O texto lembra que, nos últimos quatro anos, eles lucraram R$ 338,5 bilhões, quase R$ 100 bi só no último ano, enquanto 33 milhões de brasileiros estavam na linha da pobreza e da fome.
Além de apoiar o ministro da Previdência Social e presidente do CNPS, Carlos Lupi, os sindicalistas cobram do Governo Federal uma posição a atitude dos bancos públicos.
Presidente da CSB, Antonio Neto, critica a reação dos bancos. Para ele, a atitude demonstra que a sede por lucros não tem limites. “Os bancos querem é uma margem de lucro escorchante às custas do povo para poder especular fora do País e contra os interesses da maioria dos brasileiros. Não podemos ceder a essa chantagem”, afirma.
Para Rene Vicente, presidente da CTB-SP, ao suspender esse tipo de empréstimo, as instituições bancárias deixam sem alternativa aposentados e pensionistas. “Sem falar que esse valor ajudar a aquecer a economia. Quem mais consome são os pobres. É preciso que se tome uma atitude”, cobra o dirigente.