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26/03/2012

Mercado de trabalho dos EUA e Europa em leve melhora

Mesmo exercendo influências em outros países, o momento da crise financeira internacional está restrito à Europa, principalmente aos países ao sul do continente e à Irlanda, que pertence à região Norte. “Há um quadro de permanência e estabilidade da crise, da deteriorização das contas públicas na Irlanda, Portugal, Grécia, Espanha e Itália, e aparentemente, o mercado de crédito fora do continente não sofreu os efeitos da contração observada na Zona do Euro”, afirmou André Viana, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), sobre o estudo “Evolução do mercado de trabalho nos Estados Unidos e Europa em decorrência da crise econômica”.

Em âmbito geral, a manutenção da demanda chinesa por commodities agro-minerais garante a perspectiva de preços altos e estáveis, sinal de afastamento do Brasil e outras economias emergentes do cenário turbulento. Mas, segundo Viana, os fluxos financeiros em carteira sofrerão diante de um possível agravamento da crise, pois eles buscam justamente nas economias emergentes e em desenvolvimento oportunidades de boa remuneração.

Mercado de trabalho americano

A saída da crise nos Estados Unidos se deu na virada para o segundo semestre de 2009. Em 2011 já se observa um maior crescimento, porém “calcado em bases muito desiguais”, como afirmou André Gambier, técnico que também participou do estudo. O nível do emprego não agrícola chegou a 132,4 milhões em janeiro de 2012, número bastante menor do que o de antes da crise, 138 milhões. Nos últimos meses de 2011 houve leve declinação na curva da taxa de desemprego aberto no país, e taxa ficou em 8,3% no inicio desde ano, ou seja, 12,8 milhões de pessoas.

A remuneração por hora trabalhada também cresceu muito pouco: apenas 1,9% nos últimos 12 meses. Da população desempregada, cerca de 42% estão procurando emprego há mais de seis meses

Situação na Europa

Gambier destacou que a região Norte da Europa tem uma realidade mais consolidada que os países do Sul e Leste. A crise internacional teve impactos importantes sobre esses países especialmente no ano de 2009, quando as taxas de expansão do PIB foram negativas nesses três grupos.

Os países do Norte registraram contração de 4,4%, percentual só superado pelos 6% dos países do Leste. Os do sul, embora tenham observado contração menos grave em 2009, demonstraram capacidade de recuperação claramente inferior nos períodos seguintes. Em 2010 e 2011, suas economias continuaram se contraindo, enquanto as dos demais grupos já voltaram a registrar expansão, ainda que em patamar abaixo do verificado antes da eclosão da crise, em 2008.

 

Imprensa – SEESP
* Informações do Ipea


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