Agência Sindical
A pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre a Cesta Básica de Alimentos também constata quedas de preços. O último levantamento, referente a julho, aponta que o valor do conjunto dos alimentos básicos caiu em 13 das 17 Capitais.
Entre junho e julho de 2023, a queda mais forte ocorreu em Recife (-4,58%). Maior aumento, Porto Alegre (0,47%) - a Capital gaúcha passou SP e teve a cesta mais cara, R$ 777,16. Nos setes meses de 2023, o custo da cesta diminuiu em nove cidades.
Produtos - O levantamento de julho mostra que carne bovina e batata tiveram preços reduzidos nas 17 Capitais. Já óleo de soja e leite integral registraram quedas em 14 das 17 Capitais.
Lei - Para fazer sua pesquisa, o Dieese leva em conta os termos do Decreto-Lei 399 de 1938, que regulou o salário mínimo.
Locais - Os principais agrupamentos pesquisados são:
• Supermercados, hipermercados, mercearias, armazéns, empórios etc.
• Feiras-livres, mercado municipal, hortifrutis, sacolões, quitanda, frutaria, fruteiro, verdureira, feira de frutas etc.
• Açougues e casas de carne.
• Padaria, confeitaria, casa de pães, casas de doce, posto de pão, depósito de pão etc.
Explicação - Patrícia Costa, economista e coordenadora da área de preços do Dieese, explica o quadro de julho. Ela diz: “O período ainda reflete baixa procura de produtos, o que forçou queda de preços. Os consumidores, em geral, mantêm restrições ao consumo mesmo com a nova política econômica, a do governo Lula.”
Ela vê o contexto nacional como de adequação. Consumidores e produtores estão se adaptando às medidas governistas. Exemplo é a política de preços dos combustíveis, que vai influir, em breve, em toda a cadeia de produção e nos valores de fretes e de produtos básicos.
Para a economista, os itens da cesta básica apontam tendência de queda. Agora, pela expectativa de supersafra do agronegócio e apoio oficial à agricultura familiar. Ela diz: “Os custos futuros com logística – combustíveis – e com a importação de insumos – dólar – influem bastante e o ciclo de produção dos alimentos vai se alinhar a esse contexto.”