Agência Sindical
O governo Lula anuncia por esses dias um novo PAC, terceira versão do Programa de Aceleração do Crescimento. Fala-se em investimentos da ordem de R$ 240 bilhões.
Todo o setor produtivo, o capital e o trabalho se interessam pelo PAC 3. Mas a engenharia tem interesse especial e espera contribuir muito. Para tanto, a Agência Sindical ouviu Murilo Pinheiro, presidente do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Ele é engenheiro eletricista.
Obras paradas – “Claro que esse tipo de iniciativa terá todo o apoio da Engenharia. A nosso ver, o passo inicial é retomar e concluir obras paradas”.
Cronograma – “Outra providência indispensável é organizar agenda nas obras, qualquer que seja a área. Ou seja, ter prazo pra começar e terminar”.
Prioridades – “Programa dessa envergadura precisa definir bem as prioridades. Vejo a retomada da industrialização como absolutamente prioritária, buscando-se parcerias com o setor privado. Uma das metas deve ser a oportunidade de trabalho”.
Setores – “Todo engenheiro fica feliz com obras na construção civil. Mas não basta. É fundamental contemplar a questão tecnológica, como dar condições pro Brasil produzir chips, que estão faltando nas montadoras, no setor de eletrodomésticos e outros. É preciso incentivar as empresas que queiram atuar nesse segmento.”
SUS – “Só a rede nacional do SUS já alimentaria um ramo da indústria voltado para o setor médico e de insumos. É inaceitável ter que importar seringas ou máscaras, como ocorreu na Pandemia”.
Incentivo – “O PAC 3 é necessário. Mas o governo terá que oferecer estímulos, recursos, além de buscar parcerias com o setor produtivo privado”.
Integração – “Governo, área privada, setor de pesquisas e universidades devem atuar em conjunto. O Brasil tem perdido cérebros. Muitos se formam doutores no Exterior e ficam por lá”.
Cresce – A FNE já firmou a tradição de lançar, periodicamente, o caderno temático, “Cresce Brasil”, que mira o desenvolvimento e a soberania nacional.