Agência Sindical
Milhares de mulheres do campo, floresta e cidade estarão em Brasília, dias 15 e 16 de agosto, na 7ª Marcha das Margaridas. O lema é “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem-Viver”.
Organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Marcha é a maior mobilização feminina da América Latina.
Demandas - A pauta, com 13 eixos, foi entregue a ministros do governo, no Palácio do Planalto, dia 21 de julho. Entre as reinvindicações estão igualdade de direitos, combate à violência, acesso à terra e garantia dos direitos territoriais.
Segundo Mazé Morais, secretária de Mulheres da Contag e coordenadora-geral da Marcha, as demandas deste ano foram apuradas em reuniões pelo País. Ela diz: “O documento defende a efetivação de programas, medidas e ações que contribuam pra nossa autonomia econômica e igualdade de direitos”.
Em diálogo com as Margaridas, o presidente Lula se comprometeu a tentar atender boa parte das demandas.
Para Celina Arêas, secretária da Mulher da CTB, o evento acontece num momento singular. “Nosso lema é a reconstrução do Brasil e pelo bem-viver. Temos convicção de que haverá uma reviravolta em relação ao que sofremos com Bolsonaro”, afirma. Ela destaca que entre as demandas estão a garantia de terra pra trabalhar e dos empregos. “Lula já adotou políticas nesse sentido, entre elas a lei por salário igual pra homens e mulheres na mesma função”, celebra Arêas.
Além da tradicional caminhada pela Esplanada dos Ministérios, a 7ª Marcha das Margaridas promoverá oficinas, debates, números culturais, plenárias e outras atividades. A abertura política será dia 15, às 17 horas, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília.
História - O nome Marcha das Margaridas homenageia Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos Rurais de Alagoa Grande, Paraíba, assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários.