Agencia Sindical
Melhoram as condições do emprego no Brasil. Constatação feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) por meio da Pesquisa Índice da Condição do Trabalho (ICT), referente ao segundo trimestre deste ano. Base são os dados da PnadC/IBGE.
Os resultados mostram melhorias nos três indicadores adotados pelo Dieese.
O ICT-Dieese continua a indicar melhora do mercado do trabalho no segundo trimestre de 2023. E aponta razões: “Pela redução da desocupação, aumento do emprego formal e do rendimento médio e melhora na distribuição da renda do trabalho”.
O Dieese também relaciona “o aumento do emprego com Carteira assinada e no salário mínimo”. E mais: “A queda na inflação contribui para a recuperação do salário real”.
Observações – Afirma o boletim do Dieese: “Há ainda longo caminho pra voltarmos ao patamar mais alto na série histórica, em 2014. Para tanto, é necessário continuar a geração de postos de trabalho com Carteira, mais recuperação da renda”.
Parâmetros – Quanto mais próximo o valor do índice estiver de 1, melhor a situação geral do mercado. Quanto mais próximo de zero, pior.
Qualidade – Economista do Dieese, César Andaku, destaca a subida nos registros em carteira assinada nesse trimestre. Ele comenta: “É muito expressivo que melhorou a qualidade das ocupações, o que também empurra para cima a média salarial.”
Sobre o salário mínimo, César aposta que a regra de valorização contínua estabelecida por Lula tem efeitos imediatos já no planejamento das empresas. “A expectativa é boa. Então, a melhora a longo prazo dependerá se os resultados da economia acompanharão esse crescimento.”
Indicadores – O ICT ficou em 0,57 no segundo trimestre – 0,13 ponto acima do mesmo trimestre de 2022. Houve elevação nas três dimensões: Inserção Ocupacional (de 0,28 pra 0,42), Desocupação (de 0,61 pra 0,70) e Rendimento (de 0,44 pra 0,58).
Inserção – Resultado decorre de aumento de trabalhadores com Carteira assinada, de contribuintes à Previdência e pessoas empregadas há mais de 12 meses.
Desocupação – Recuo na taxa de desocupação e desalento e na proporção de pessoas desocupadas há mais de cinco meses.
Rendimento – Houve aumento do rendimento médio e melhora também na distribuição da renda do trabalho.
Consulte a nota metodológica do ICT no site do Dieese.