Soraya Misleh/Comunicação SEESP
Fundado em 21 de setembro de 1934, o SEESP completa 89 anos de uma trajetória que se combina com a evolução dos acontecimentos da vida nacional. Não são poucas as conquistas e desafios ao longo de sua história, da qual não faltam razões para se orgulhar.
De uma atuação associativa limitada ao início às restrições impostas por 21 anos de ditadura (1964-1985), o sindicato se transforma efetivamente na década de 1980, a partir do Movimento Renovação: revela, então, a face que faz jus a uma categoria protagonista do desenvolvimento por excelência. Bandeira prioritária em prol de sua valorização é a luta pelo cumprimento do piso profissional (Lei 4.950-A/1966).
Sob a égide de sindicato cidadão, o SEESP engajou-se à luta pela redemocratização do País e, na Assembleia Constituinte, teve atuação decisiva para a inclusão do capítulo de Ciência e Tecnologia na Carta Magna de 1988. Igualmente, sua articulação foi fundamental para dobrar à época o montante do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 0,5% para 1% na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O SEESP alçava novos voos e expandia sua atuação, ampliando a interiorização. Em 1988, lançou em Bauru uma iniciativa para contribuir com a redução do déficit habitacional e assistência técnica personalizada: o Programa de Moradia Econômica (Promore), que passou a funcionar também em outras cidades do Interior, como Rio Claro, Piracicaba e Ribeirão Preto, e já garantiu a construção de mais de 9 mil casas.
A década seguinte é marcada pelo avanço na representação dos engenheiros. Em 1991 o SEESP assegurou pela primeira vez cláusula para reciclagem tecnológica em convenção coletiva com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O SEESP engaja-se ainda, no período, ao Movimento pela Ética na Política e ao Comitê de Ação da Engenharia pela Cidadania, contra a Fome, a Miséria, pela Vida. Também participa ativamente do I Fórum Paulista das Associações e Entidades de Engenharia de Segurança do Trabalho, lançado em julho de 1992, na sede do sindicato, na Capital.
Nos anos seguintes, a entidade apresenta o movimento “Engenharia Urgente”, com o intuito de sensibilizar o poder público quanto à necessidade de retomada do desenvolvimento do Estado, em prol da geração de empregos e benefícios sociais. Como parte dessas ações, ocorreu forte mobilização pelo cumprimento do piso da categoria e por valorização profissional. Em 1998 é inaugurada a atual sede do SEESP na Capital.
Todas essas iniciativas se dão em uma década na qual o SEESP travou luta intensa contra as privatizações em setores estratégicos, como energia, telecomunicações, transporte, entre outros com forte atuação dos profissionais da categoria. Mobilização que mais uma vez revelava o caráter da entidade, em prol dos engenheiros e da sociedade como um todo.
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Ao início dos anos 2000, sob a primeira presidência de Murilo Pinheiro, o sindicato ampliou ainda mais sua inserção sindical e cidadã. Passou a discutir com mais ênfase a sustentabilidade, realizando a partir de 2003 encontros ambientais. Nessa década, passou também a representar os engenheiros da Prefeitura Municipal de São Paulo e incrementou a gestão junto a governantes e ao Congresso Nacional, tendo como plataforma o “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Entre suas demandas, ainda, instituição de carreira pública de Estado para os engenheiros.
O século XXI traz novos desafios e impõe a necessidade de o sindicato se reinventar. Uma trajetória exitosa e exemplar que segue em construção, em seus 89 anos de muito trabalho e luta.