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27/10/2023

Ecovale aborda reciclagem e sustentabilidade

Comunicação SEESP

 

Na quarta-feira (25/10), primeiro dia do sexto Encontro Ambiental do Vale do Paraíba (Ecovale), uma novidade abriu as plenárias: roda de conversa sobre a atuação dos recicladores (catadores) e a importância de seu trabalho. Nas mesas subsequentes, representantes de empresas e especialistas falaram sobre práticas sustentáveis e pesquisas na área.

 

Promovido pelo SEESP e Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), o evento realizado no Hotel Tangaroa Garden, em Taubaté, com transmissão ao vivo pelo Youtube do Ecovale, encerrou-se nesta quinta-feira (26/10).

 

Roda de conversa sobre importância da reciclagem e catadores. Fotos: Reprodução Youtube 

Sob mediação do idealizador e coordenador-geral do encontro, o vice-presidente do SEESP Carlos Alberto Guimarães Garcez, a roda de conversa contou com a participação da engenheira ambiental e sanitária Vanessa Villalta Lima Roman, professora da Universidade de Taubaté (Unitau); da educadora ambiental Fabiana Luz, presidente da Cooperativa de Amigos do Santa Tereza; e Ricardo Bueno, sócio da startup Você Recicla.

 

“A responsabilidade nossa não termina quando se coloca o resíduo para fora, mas começa aí. Tem que saber para onde vai”, enfatizou Fabiana Luz, ao abordar a importância da reciclagem. A cooperativa que preside, como informou, existe há 14 anos e se consolidou a partir de um projeto piloto após a interdição do aterro sanitário local.

 

Além de contribuir para reduzir o impacto ambiental, ela frisou a importância socioeconômica, ao afirmar que o pessoal sob o guarda-chuva da cooperativa sobrevive dos resíduos reciclados. E ressaltou: “Tem que ter incentivo do poder público e parcerias com empresas.”

Bueno apresentou a startup Você Recicla, operadora de logística reversa e economia circular que “nasceu em 2017, de um projeto do Sebrae por iniciativa de dois jovens”.

 

Boas práticas, mas muito a avançar

 

Ele descreveu o cenário nacional em relação ao tema: apenas 1,7% do material gerado é reciclado, 90% dos que se dedicam à atividade estão na informalidade e 75% da população não separa recicláveis em casa.

 

Conforme dados da Organização Internacional do Trabalho/Nações Unidas (OIT/ONU) que trouxe, por volta de 15 milhões de pessoas trabalham com coleta, sendo cerca de 800 mil catadores no Brasil, dos quais 70% são mulheres. “Muitas famílias dependem efetivamente disso”, vaticinou.

 

 

A engenheira Vanessa Roman trouxe a informação sobre reciclagem de isopor (EPS), a partir do nicho abarcado desde 2002 pela Indústria Santa Luzia, situada em Santa Catarina, onde ela trabalha. “Reciclam-se 500 a 700 toneladas de EPS por mês no Brasil”, afirma.

 

Já foram reciclados e transformados, segundo Roman, 68 milhões de quilogramas nestes mais de 20 anos. Com isso, diz, deixa-se de cortar 270 mil árvores ou 523 campos de futebol e eliminam-se 268 mil carretas de rejeitos.

 

Na plenária seguinte, representantes de duas empresas – Walmir Medeiros (Sabesp) e Giulio Taddeucci (Companhia Siderúrgica Nacional - CSN) – abordaram respectivamente os temas “O valor da água: recursos hídricos, energia e meio ambiente” e “O processo de siderurgia e a unidade a ser instalada em Taubaté”.

 

A mesa subsequente trouxe os temas "Serviços ecossistêmicos derivados da geodiversidade na Bacia do Rio Paraíba do Sul/SP", apresentado pela presidente da Associação Paulista de Geólogos, Luciana Maria Ferrer; e "ODS – O desempenho das cidades do Vale do Paraíba para atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável", pelo professor da Unitau Paulo Fortes Neto.

 

Assista à sexta edição do Ecovale 2023 na íntegra clicando aqui.

 

 

 

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